O polo ervateiro do Vale do Taquari é responsável por 60% da produção gaúcha. Esse setor tem na erva-mate para o chimarrão seu principal produto. Destinado ao mercado interno e exportação, conquista cada vez mais espaço pelo mundo. Ainda assim, as indústrias são desafiadas e precisam inovar para manter a sustentabilidade do negócio. Como alternativa, pesquisa e desenvolvimento de outros produtos a partir da planta nativa.
Hoje, já é possível encontrar sorvete, bolo e outros alimentos que tem na composição a erva-mate. Outro item que tem feito sucesso é o panetone. A confeiteira Niege Oliveira, de Venâncio Aires, desenvolveu a própria receita no ano passado e encontrou uma boa alternativa de renda extra. A iguaria já lhe rendeu prêmio em concurso local.
As diferentes formas de consumir a erva-mate também fazem parte de publicação especial do Sebrae/RS que destaca 50 alimentos e bebidas inovadores. Uma delas é produzida por ervateira de Ilópolis. O chá Matequero é desenvolvido pela Inovamate que avança sobre o mercado nacional e busca divulgar uma nova percepção sobre a erva-mate para além do chimarrão. Além disso, o setor da região alta do Vale busca a identificação geográfica diante das características específicas de produção e assim atestar o diferencial da qualidade da folha.
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Definição do preço do tabaco é adiada
A negociação do preço do fumo iniciou esta semana com duas gigantes do setor. Assim como já ocorreu em anos anteriores, não houve acerto sobre o percentual de reajuste da tabela. As instituições vinculadas aos produtores pedem 5% mais o percentual da alta dos custos de produção. Na primeira rodada de negociações, a JTI apresentou proposta que fica abaixo do reivindicado.
Já a BAT Brasil (Souza Cruz) prefere aguardar novas tratativas para definir o valor pago pelo fumo. Em paralelo, os fumicultores obtiveram uma conquista na Assembleia Legislativa. Os deputados aprovaram esta semana projeto que permite a classificação do tabaco na propriedade. Com isso, os produtores não mais precisarão se deslocar até as indústrias para acompanhar o processo de venda. A medida visa evitar custos com transporte, hospedagem e frete do produto de volta para a propriedade, caso não haja acordo.
Milho e soja voltam a subir
O boletim de preços semanais da Emater/RS-Ascar indica valorização do valor pago pelos grãos. A saca de soja (60kg) cotada na semana passada a R$ 172,04 subiu para R$ 174,22 (+1,25%). No caso do milho a alta foi de 0,79%. A saca passou de R$ 84,42 para R$ 85,10. Em relação ao mesmo período do ano passado também houve aumento de preço. No caso da soja, em dezembro de 2021 o valor médio foi de R$ 166,25. Já o milho era cotado a R$ 84,66.
Exportações devem fechar ano com recorde
As vendas ao mercado externo de carne bovina, suína e de frango ultrapassaram 7,6 milhões de toneladas de janeiro a novembro. Os dados são das associações dos três setores que confirmam perspectiva de número recorde para o desempenho deste ano frente a 2021. Um dos destaques é a avicultura. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) prevê aumento da demanda internacional e projeta incremento de 8,5% o resultado em 2023.
