Premiação nacional reconhece pesquisa com participação da Univates

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Premiação nacional reconhece pesquisa com participação da Univates

Estudo de relevância mundial auxilia na compreensão sobre as mudanças ambientais e climáticas durante o período “Permiano”, quando houve a maior extinção em massa que se tem conhecimento

Premiação nacional reconhece pesquisa com participação da Univates
Joseline Manfroi atua na área de Paleontologia há mais de 10 anos e é a paleobotânica do grupo de cientistas premiados. Crédito: Divulgação
Lajeado

Um sítio paleontológico perdido desde 1951, mais de 100 fósseis descobertos e o reconhecimento nacional pelo estudo. Assim foi o ano dos pesquisadores da Univates, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), da Unipampa e do Laboratório de Paleobiologia da Antártica e Patagônia do Instituto Antártico Chileno (Inach).

O local de pesquisa fica em Dom Pedrito e as descobertas chamaram atenção da imprensa internacional, como a revista National Geographic. Neste mês, o estudo foi reconhecido como descoberta do ano pelo site Aventuras na História, um dos maiores portais brasileiros sobre conteúdo científico na internet. Na categoria “Descoberta do ano”, a pesquisa desenvolvida em parceria pela Unipampa, Univates e Ufrgs concorreu com outros três trabalhos. A votação foi realizada por meio das plataformas sociais da revista.

Patrimônio paleontológico

A doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento da Univates, Joseline Manfroi, atua na área de Paleontologia há mais de 10 anos e é a paleobotânica do grupo de cientistas que auxiliou na descoberta dos fósseis. Para ela, a premiação foi uma grande surpresa.

“Estamos todos muito felizes pelo reconhecimento e alcance que as pesquisas que estamos desenvolvendo neste afloramento tem alcançado. O que é fundamental não apenas para divulgação e popularização do conhecimento científico, mas também para a valorização do patrimônio paleontológico existente no Rio Grande do Sul e Brasil”, ressalta.

Crédito: Divulgação

Sobre a pesquisa

A localidade onde os fósseis foram resgatados é conhecida como “Cerro Chato”. Em 1951, ela foi descoberta e descrita pela primeira vez por pesquisadores que faziam mapeamento geológico no Pampa gaúcho. Apesar das coletas e do entendimento da importância para a paleontologia nacional, os recursos tecnológicos disponíveis na época não permitiram o referenciamento geográfico exato do sítio fossilífero, que teve sua localização perdida por sete décadas.

Recuperado, hoje, os estudos relacionados são desenvolvidos utilizando parte da estrutura do Laboratório de Paleobotânica e Evolução de Biomas do Museu de Ciências da Univates. Foram resgatados mais de 100 exemplares de fósseis como os de peixes, moluscos e uma grande quantidade de plantas. Dentre os fósseis de plantas foram encontrados exemplares de “Glossopteris sp”, que é um registro importante pois trata-se de uma das evidências que fundamentam a Teoria da Deriva Continental.

Joseline explica que o registro fossilífero desta localidade possui importância a nível mundial, pois auxilia na compressão das mudanças ambientais e climáticas durante o período Permiano, momento ímpar na história da Terra, sendo cenário da maior extinção em massa que se tem conhecimento.

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