Antes mesmo do derradeiro pênalti convertido pelo argentino Montiel, e da mais emocionante final de Copa do Mundo já assistida por algumas gerações de torcedores, o debate sobre o posto de segundo maior futebolista da história já rondava os mais variados ambientes mundo afora. Dos botecos aos gabinetes de políticos e médicos. Das redações de jornais às salas de aula em cada um dos cinco continentes, passando sempre pelas madrilenhas praças da arborizada e acolhedora Buenos Aires. Afinal, quem é maior: Messi ou Maradona?
Em primeiríssimo lugar, e isso também vale para qualquer comparação entre figuras do passado e do presente, é preciso entender e avaliar os mais diversos e complexos contextos inerentes a uma carreira profissional. Do início ao fim. Também é preciso definir os critérios e valores para esse “ranking”.
O que será levado em conta? Número de gols? Títulos por equipes ou prêmios individuais?Quantidade de partidas pela seleção ou em Copas do Mundo? O que é mais valioso para definir a grandeza (ou não) de um personagem?
Pelé é o maior de todos porque une critérios condizentes com um ranking desta magnitude. Além dos números em campo, com três copas do mundo, duas libertadores, dois mundiais de clubes, dezenas de títulos nacionais e regionais, e os mais de mil gols assinalados em 21 anos de carreira, o mineiro Edson Arantes do Nascimento esbanjava carisma (e polêmicas) fora das quatro linhas. Escreveu músicas, participou de filmes, empunhou bandeiras sociais e colecionou encontros com grandes personalidades. Virou embaixador do esporte.
Nem Messi e tampouco Maradona possuem todas as virtudes (e defeitos) de Pelé. Se por um lado sobram gols, títulos e prêmios a
Lionel Messi, também lhe faltam ações ou movimentos extracampo que o colocariam mais próximos do ícone brasileiro. No caso de Diego Maradona, sobraram ações e movimentos extracampos, mas faltou profissionalismo e ética para alcançar números mais condizentes com a sua qualidade técnica única e finalização apurada. Haveria, então, um “empate técnico” entre os dois argentinos?
Talvez sim. Talvez o melhor seja reconhecer que os dois gênios argentinos se completam. Juntos, eles trouxeram alegria para um povo apaixonado por futebol em dois momentos conturbados da economia local, em 1986 e 2022. Juntos, eles trataram de resgatar o orgulho dos nossos hermanos e devolver confiança a uma nação que cultua o sofrimento e a redenção. Juntos, eles formam um Pelé.
Dito isso, penso que a melhor resposta para quem deseja colocá-los em um ranking pode ser bem simples: é Messi e Maradona. É sem balança.
Propósitos da CIC-VT
A Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), entidade que representa 36 municípios, 20 associações comerciais e 3,5 mil empresas, elaborou relatório com atividades desempenhadas em 2022, e um plano de metas para 2023. Entre as principais ações previstas para o próximo ano, destaque para a consolidação do APL Bebidas e Alimentos VT; incentivos à venda online; concessão das rodovias estaduais e obras na BR-386; apoio e acompanhamento das ações da E-Log; atenção à infraestrutura elétrica; marco do saneamento básico; e a realização da Jornada da Alimentação. Tudo sob a tutela do presidente Ivandro Rosa.
LOA e decretos em Lajeado
Três dias após sancionar a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2023, o governo de Lajeado encaminha novo projeto de lei à câmara para tentar extinguir os efeitos de uma emenda aprovada pelos vereadores. Em suma, os parlamentares incluíram a necessidade de autorização do Legislativo para abertura de créditos suplementares por parte do Executivo. A nova proposta busca devolver a autonomia do prefeito para tal. Ou seja, por meio de decreto. A justificativa é garantir “agilidade e eficiência” aos processos e prestação de serviços públicos.
Pouco reconhecimento
Uma pesquisa contratada em Estrela para consumo interno de alguns agentes públicos precisa ligar o alerta na câmara de vereadores. A análise é do Instituto Pesquisas de Opinião (IPO), que atua há mais de 20 anos no mercado, e possui diversos trabalhos realizados para clientes como o Senac, o governo estadual, a assembleia legislativa, Cremers, Cpers, Unimed, Sicredi, entre outros.
E o dado a ser observado tem a ver com a popularidade dos parlamentares estrelenses. De acordo com as respostas, mais de 20% da população desconhece o trabalho e a composição do parlamento. Ou seja, falta muita comunicação com a sociedade. E isso tem conserto.
TIRO CURTO
• A empresa responsável pela nova parada de ônibus da Av. Benjamin Constant havia informado que iniciaria a instalação no fim da semana passada. Pelo jeito, atrasou.
• Também em Lajeado, o Executivo encaminhou à câmara o projeto que autoriza o município a desafetar e doar dois terrenos públicos para a construção da nova unidade do SEST/SENAT.
• Em Encantado, alguns profissionais locais da área de educação física estão insatisfeitos com a forma de contratação – por parte do Executivo – dos serviços de atividade física com idosos.
• O governo de Estrela anuncia para o dia 5 de janeiro a concorrência pública para a obra de “ampliação da cobertura do Parque Princesa do Vale”.
• Ainda em Estrela, o Executivo nomeou a servidora Angela Maria Kuhn como Agente Transformador para Ciência (ATC). O programa, de acordo com a portaria, “é um instrumento estratégico de desenvolvimento da ciência local”.
• Em Arroio do Meio, o ex-prefeito Klaus Schnack (MDB) está mais próximo de alguns vereadores do MDB. Faz algum tempo, havia rumores sobre “racha” dentro do partido.
• O governo do estado recebeu, do Poder Judiciário, a posse do prédio no qual funcionava o Foro Regional do 4º Distrito. No local, funcionará a Secretaria Estadual de Segurança. E Enio Bacci (União Brasil) é cotado para ser o futuro secretário responsável.
• Ainda sobre o governo estadual, agora foi a vez da secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, ser alvo de operação às vésperas do período de troca-troca no secretariado.