Comércio amplia horário na semana do Natal

HORA DAS COMPRAS

Comércio amplia horário na semana do Natal

Lojas ficam abertas até as 21h. Previsão da CDL Lajeado aponta para crescimento de até 10% nas vendas deste ano

Comércio amplia horário na semana do Natal
Trupe do Papai Noel faz interações com o público e com os lojistas. Nos dois primeiros domingos de comércio aberto, lojistas relatam movimento ainda tímido. Crédito: Filipe Faleiro
Lajeado

Estes últimos dias antes do Natal são considerados a semana mais importante do ano para o comércio. Para dar conta do movimento extra, as lojas ampliam o atendimento até as 21h até sexta-feira.

O horário diferenciado começou nos dois domingos anteriores, das 16h às 21h. “O primeiro foi fraco de movimento. Esse último um pouco melhor. Ainda assim, ano passado me pareceu que teve mais clientes nas lojas”, compara a gerente de uma loja de vestuário no centro de Lajeado, Arilete Lipp.

Para ela, as horas adicionais de comércio aberto representam também uma oportunidade para os clientes. “Aqueles que trabalham até o fim da tarde conseguem se organizar para comprar os presentes.” De acordo com Arilete, essa semana é a “Copa do Mundo” para o varejo. “Nos preparamos muito para esse aumento no número de clientes. Inclusive nossa estratégia para manter a equipe foi dividir em três turnos para que os vendedores não fiquem cansados”. Ainda assim, afirma que os trabalhadores querem ficar mais. “Agora é a chance de uma comissão maior”, afirma.

Na avaliação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Lajeado, a expectativa é de um avanço de 8% a 10% no Natal em comparação com o ano passado. Pesquisa da Fecomércio no RS mostra que 48,7% dos gaúchos pretende comprar presentes no Natal. Entre os presentes mais escolhidos para a data, destaque para artigos de vestuário (66,2%), brinquedos (40,8%) e calçados (10,4%).

Humor do cliente

No estabelecimento da gerente Arilete, a meta de vendas está 20% maior do que o ano passado. “Acho difícil se concretizar. Estou percebendo um comportamento diferente das pessoas”. Esse “humor” aparece no contato com os clientes.

Em meio a conversa, muitos estão segurando compras maiores, inclusive devido a eleição. “Essa conversa de política nunca aparecia. O cliente falando em esperar para ver o que vai ser no próximo ano.” Essa relação de insegurança também aparece em outros estabelecimentos. É o que afirma a gerente de uma loja de roupas, Joseane Alvarenga. “As pessoas estão optando por presentes mais baratos, com pouco valor agregado. Acho difícil termos um Natal melhor hoje do que foi no ano passado.”

Para tentar atrair os clientes, a loja aposta em divulgação e no contato direto com as pessoas. “Vamos às ruas, levamos panfletos, damos várias condições de pagamento. Mas tenho um sentimento de que as pessoas estão segurando um pouco nas compras, muito devido a eleição.”

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