Sierra, sierra, eco, eco

Opinião

Carlos Martini

Carlos Martini

Colunista

Sierra, sierra, eco, eco

Crédito: Arquivo A Hora

Na fonética internacional da aviação, essa é ¨marca registrada¨ de identificação do Aeródromo Regional de Estrela (SSEE). Essa sigla eu conhecia desde os meus tempos de aeroviário na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), no seroporto internacional Salgado Filho (SBPA).

Lembrei disso agora que volta à pauta por aqui a possível transformação do aeródromo regional em aeroporto, em um futuro que espero não muito distante . Eu me incluo entre os que têm plena convicção que vai ser outra baita mão na roda para alavancar ainda mais a logística de transporte de cargas e passageiros por aqui, inicialmente em pequena escala.


No tempo dos “paulistinhas”

O antigo Aeroclube de Estrela, área hoje ocupada pelo porto, foi o berço de formação de dezenas e dezenas de pilotos de categoria. Muitos avançaram para a aviação comercial e alguns chegaram a pilotar grandes jatos em voos internacionais por muitos anos.
Com o tempo e as circunstâncias, no final da década de 70, o aeroclube evoluiu para aeródromo, dessa vez na Linha São José, próximo à ERS-129 e a cerca de 6 quilômetros da BR-386.

Pelo que sei, a pista de pouso/decolagem atual tem uns 600 metros de comprimento e 18 metros de largura, com 300 metros de área de escape, boa sinalização vertical e horizontal (marcos de pista) para voo visual (VFR), resistência de solo para até quatro toneladas de PMD (Peso Máximo de Decolagem), registro e controle de pousos e decolagens, bem como de tripulação e passageiros, indicador de ventos de solo predominantes (biruta), cercamento parcial, seis hangares, sem edificações que compliquem a aproximação, sistema anti-incêndio, etc.

Enfim, uma boa infraestrutura para voos diurnos recreativos e de transportes pessoais. Não sei, mas imagino que tenha, ou logo vai ter, sistema de intercomunicação via rádio em frequência específica entre a base e pilotos. Homologações para voos noturnos são bem mais complicados, o investimento teria que ser muuuuito maior e não vejo necessidade disso, por enquanto.

E aí já estou falando demais sobre o que entendo de menos. Mas deixo registrado que a ampliação da pista para uns mil e cem metros, com pavimentação, sistema de comunicação ar-solo, y otras cositas más para voos diurnos também não são nenhum bicho de sete cabeças. Tendo a tal “vontade coletiva” regional, dá pra tirar de letra.

P.S: os “paulistinhas” eram pequenos aviões de treinamento fabricados em São Paulo, leves que nem uma pluma, mas confiáveis e muito eficientes no aprendizado da pilotagem. Um sopro forte de vento de “través” (na lateral) nos momentos mais importantes do voo, que é o pouso ou a decolagem, era capaz de um “manicaca”acabar com os beiços no meio do rio Taquari, ou no meio de alguma roça de mandioca. Mas tem gente muito mais conhecedor do que eu nesse assunto que pode contar melhor as histórias e as experiências vividas.


Plano de fogo

Sempre fui aficionado por fogos de artifício e até por explosivos em geral, mas isso em tempos idos. Porque acho fascinante a criatividade envolvida na pirotecnia e o conhecimento aplicado na engenharia de demolições e desmanche de rochas. Em maior ou menor escala, explosivos sempre exigem os devidos cuidados com a segurança. E ovelha não é pra mato.

Pensei nisso agora por um motivo: lembrando a Dinacon que agora abreviou a logomarca para Dinna. A conceituada empresa está há mais de 20 anos no mercado, atua nos três estados do Sul do país e também no exterior.

Lidar com produção e serviços de explosivos, com as devidas autorizações de órgãos de fiscalização e respectivos rigorosos monitoramentos, exige muito conhecimento técnico e competência empresarial. Entre bananas de dinamite ou explosivo granulado, pavios, espoletas, detonadores e as devidas medidas de proteção e segurança a coisa vai longe. Que o digam os especialistas contratados pela CCR-ViaSul.

 

Acompanhe
nossas
redes sociais