Bibiana, em sua origem, é uma versão do nome Viviana, uma palavra latina que significa “vivo”, “enérgico”, “animado’’. Meus pais, antes de escolherem os nomes para aqueles três bebês que nasceriam juntos em fevereiro, não sabiam qual seriam as nossas personalidades.
O que sabiam, é que a primeira menina dos trigêmeos a nascer se chamaria Bibiana e, a segunda, Luiza, que é sinônimo de “guerreira”. O menino, não tinham dúvidas, seria Lucas, que significa “iluminado”.
Mas, quando minha irmã nasceu, dois minutos antes do que eu, os médicos disseram que a Luiza tinha nascido. E eu passei a me chamar Bibiana. Pode ser que tenha sido um engano do médico na hora do parto mesmo, com a adrenalina de trazer ao mundo três bebês por vez. Mas, se perguntarem aos meus pais, ou até mesmo a nós, os nomes escolhidos foram distribuídos muito bem.
Em casa, eles contam que, dos três, eu era sempre a mais agitada. Coincidência? Não sei. Mas faz sentido e, hoje, Bibiana tem muito a minha cara. Bibi também. Acho que a gente se acostuma com os nomes. Mas talvez, nossos nomes sejam escolhidos para completar a nossa identidade.
Voltando aos pequenos bebês, quando nascemos, já tínhamos um irmão mais velho, o Gabriel e, depois, nasceu a Marina. Lembro de ter seis anos na época e nossos pais listaram alguns possíveis nomes pra irmãzinha que estava por vir. Um outro nome com a letra “M” foi cogitado, mas, por não terem boas impressões sobre pessoas que carregavam ele, foi descartado.
Curioso. Com certeza minha irmã mais nova faria sua própria história, indiferente de outras meninas com o mesmo nome por aí. Mas, antes mesmo de nascer, meus pais já traçavam um caminho para ela, que fosse pintado da forma que ela quisesse, sem influências.
Escolher um nome é uma das tarefas mais difíceis da gestação. Porque essa escolha vai estar pra sempre na vida do bebê. Mas, de uma forma ou de outra, há sempre um sentido por trás da decisão. Um significado, uma homenagem.
Por algum tempo, por ter um nome não tão comum, fora do ranking de populares, queria ser diferente. Hoje, não quero mais. Gosto da força que o meu nome carrega ou que eu atribuí a ele. No fim das contas, não importa tanto assim. Nosso nome, seja ele qual for, tem sempre uma boa história para contar.