Obrigado por tudo, Messi

Opinião

Caetano Pretto

Caetano Pretto

Jornalista

Colunista esportivo.

Obrigado por tudo, Messi

O mundo do futebol será menos justo se Lionel Messi não vencer esta Copa do Mundo. Aquele que já é para alguns o segundo maior jogador da história, me incluo nesta, precisa ter no seu currículo um Mundial. E está jogando e batalhando para isso. Quem me conhece sabe o quanto sou fã do camisa 10 argentino. A ponto de me emocionar quando visitei o Camp Nou, estádio do Barcelona onde tanto brilhou, em 2018. Aos 35 anos, na quinta Copa do Mundo, ele segue imparável.

Seis vezes eleito o melhor do mundo pela Fifa, Messi coleciona todos os títulos possíveis. Resta um, e justo o mais importante. Na última Copa, ele desfruta cada segunda dentro e fora de campo. Dá entrevistas mais longas que o normal, participa de brigas com adversários, joga muita bola. O futebol é simples para Messi. A prova é o lance do terceiro gol contra a Croácia. O camisa 10 recebeu a bola no meio de campo. Na sua frente, o croata Gvardiol, melhor zagueiro do Mundial. E que na frente de Messi pareceu um atleta amador. Foi facilmente superado, em dribles desconcertantes e até lentos. Que parecem fáceis, mas só são para ele.

O mais incrível é que estes lances parecem simples há mais de 20 anos para o argentino. Messi vive um auge que iniciou no momento em que pisou no campo profissionalmente pela primeira vez. E que se encerrará somente quando se aposentar. Enquanto jogar, será o melhor. Pelé é indiscutivelmente o melhor jogador de futebol da história. Eu, e muitos que o acompanham, já colocam Messi na sequência. Maradona ficou para trás. Talvez haja discussão, que terminará caso o pequeno craque, nascido em Rosário, vença a França no domingo. Por tudo isso. Obrigado, Messi. Obrigado por ser o futebol. Obrigado por ser o melhor jogador que já vi, o melhor que vejo, e o melhor que verei.


Uma final para a história

A final no Catar tende a ser uma das melhores dos últimos tempos. São dois times interessantes de ver jogar, que procuram o gol, contam com grandes craques e grandes histórias. Ambos almejam o tricampeonato.

De um lado a França, que chega à quarta final nas últimas sete edições. Campeã em 1998 e 2018, ainda foi vice em 2006. Mais do que chegar ao terceiro título, franceses podem dar sequência a uma hegemonia na Copa do Mundo. Mbappé tem só 23 anos e chegaria ao segundo título. Ao seu lado, uma geração ainda jovem e muito talentosa.

Do outro está a Argentina, e Messi. Vice-campeão em 2014, esta será a última chance de entrar no seleto grupo de campeões mundiais. Se não sobra talento no resto do time, nunca falta entrega. E é nesta entrega que pode estar o trunfo para superar a França.
Espero um grande jogo, que assim seja.

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