A única certeza antes da bola rolar para a final da Copa do Mundo do Catar, é que ao apito final, haverá um novo tricampeão. Às 12h deste domingo, Argentina e França entram em campo no Estádio Lusail com a ambição de marcar o seu nome na história do futebol ao conquistar o terceiro título.
Quem for o vencedor poderá se isolar como a quarta nação com mais título da Copa do Mundo. A frente estão apenas Brasil, detentor de cinco taças, Alemanha e Itália, tetracampeãs. Apontadas como duas das três favoritas antes do Mundial, junto de Brasil, Argentina e França chegam à grande decisão com histórias diferentes.
De um lado, o país sul-americano que não conquista a taça desde 1986 e tem em Lionel Messi o grande craque que busca o título na última oportunidade. Do outro, a equipe europeia atual campeã e que joga a quarta final em sete edições, e que conta com Kylian Mbappé como grande astro e possível bicampeão já aos 23 anos.
O último tango de Messi
Eleito o melhor jogador da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, quando ficou com o vice-campeonato, Lionel Messi tem no domingo a última chance de conquistar o único título que lhe falta.
Em uma campanha espetacular, com cinco gols e três assistências em seis jogos, o camisa 10 pode quebrar uma série de recordes. Messi pode ser o primeiro atleta a terminar como artilheiro e maior garçom de um Mundial. Inclusive entra na final com a liderança compartilhada dos dois índices. Ao mesmo tempo, pode ser o primeiro jogador a ser eleito Craque de duas Copas do Mundo.
Mesmo sendo o diferencial, a Seleção Argentina não é apenas o seu craque. O técnico Lionel Scaloni mostrou muita variação ao londo do Mundial e inclusive pode apresentar surpresas na grande decisão.
Em seis partidas, foram seis escalações diferentes. Cada uma adaptada ao adversário. Uma provável escalação para a final tem: Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Acuña; De Paul, Paredes, Enzo Fernández e Mac Allister; Messi e Julian Álvarez.
Mbappé em busca do reinado
É inegável que Kylian Mbappé é um dos sucessores ao trono do futebol dividido por Messi e Cristiano Ronaldo nas últimas décadas. Ainda jovem, aos 23 anos, o atacante que já tem mais de 250 gols na carreira pode conquistar a segunda Copa do Mundo.
Com cinco gols no Catar, e nove no total, o camisa 10 francês divide a artilharia do Mundial com Messi e ameaça o recorde geral do alemão Miroslav Klose, que fez 16 gols em copas. Mais do que isso, Mbappé caminha a passos largos para alcançar outros recordes, inclusive de Pelé. Como campeão de três Copas do Mundo.
Apontada como favorita antes da Copa, a França precisou lidar com problemas como lesões e afastamentos. Perdeu praticamente meio time titular, e mesmo assim caminhou soberana para a grande final. A quarta em sete edições. Campeã em 1998 e 2018, ainda perdeu o título para a Itália em 2006.
Para a grande final, o técnico Didier Deschamps deve escalar: Lloris; Koundé, Upamecano, Varane e Theo Hernández; Tchouaméni, Rabiot e Griezmann; Mbappé, Dembélé e Giroud.