Em parceria com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), a Secretaria Municipal de Saúde elabora um plano de trabalho para adesão ao Programa Estadual de Combate ao Simulídeo. O objetivo é combater a proliferação do mosquito borrachudo, inseto que pode causar riscos à rebanhos e desconforto aos moradores nas proximidades de córregos e arroios.
A intenção em parceria com a secretaria de Agricultura e agentes de epidemiologia é elaborar um cronograma de aplicação do inseticida biológico Bacillus thuringiensis israelensis (BTI), que dificulta a proliferação de larvas de mosquito. Uma reunião no salão da Oase, ontem a tarde, divulgou as etapas do programa.
Conforme o secretário da Saúde e vice-prefeito, Lairton Heineck, a reunião formalizou a parceria e capacitou a equipe envolvida na ação de combate ao mosquito. Nos últimos 60 dias, foram realizados cálculos de vazão em arroios e córregos do município onde se tem os relatos de maior incidência. “Apresentamos à comunidade como pretendemos aplicar o inseticida e como vai ser o controle. Desde 2016, não tínhamos um plano de ação e agora buscamos esse auxílio do Centro Estadual”, explica.
No Arroio Tigrinho, uma calha foi utilizada para o cálculo e os primeiros estudos. Conforme o biólogo da Secretaria Estadual da Saúde, Márcio Geroldini, o objetivo da parceria é controlar a proliferação dos insetos. Com a realização de um programa, a FEPAM concede uma licença ambiental para o tratamento de todos os arroios. Ao CEVS cabe orientar e capacitar os servidores envolvidos e ao município cabe a execução em parceria com moradores.
Segundo Geroldini, a espécie do mosquito borrachudo não causa risco aos humanos, mas afeta muito a qualidade de vida e também a produtividade de rebanhos. “Em alguns países e regiões do Brasil temos o relato de doenças. Aqui na região, a incidência desses insetos incomoda muitas pessoas que desistem de investir em áreas ou optam por deixar as propriedades”, destaca.
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