França na final, só mesmo com o talento africano

Opinião

Filipe Faleiro

Filipe Faleiro

Jornalista

França na final, só mesmo com o talento africano

Gostaria de saber: quando a expropriação europeia na África vai acabar? Quando terão condições mais iguais para o continente ancestral da humanidade para jogar uma Copa do Mundo? Os grandes jogadores franceses, por exemplo, são imigrantes, descendentes ou naturalizados.

Do neocolonialismo – aquele ciclo imperialista nefasto que levou os países europeus a ocuparem a África e a Ásia, transformando os territórios em colônias no século XIX – até hoje, a relação de exploração sempre tirou riquezas dos continentes dominados. Antes metais preciosos, petróleo e outros itens. Agora são os talentos futebolísticos.

Muito do atraso da África, das condições de pobreza e desenvolvimento social, se deve a esse histórico. Fico triste quando vejo o dominado defendendo as cores do opressor.

Um pouco de história

Fui aluno bolsista do professor José Remedi. Historiador que na época atuava na Unisc. Eu, acadêmico de Jornalismo (lá pelos idos de 2004 ou 2005), ingressei em um programa de pesquisa multidisciplinar no Arquivo Histórico de Rio Pardo.

Nas conversas com o professor, lembro de uma frase dele: “a história sempre é a versão do vencedor”. Também podemos compreender como: “nem sempre é a verdade factual daquela época, mas uma convenção. Uma narrativa dos dominantes.”

A divisão dos hemisférios serve de parâmetro para entendermos países considerados desenvolvidos e subdesenvolvidos. No próprio neocolonialismo europeu sobre a África, a partilha se deu por questões econômicas.

Até os anos de 1870, países europeus tinham acordos econômicos com reinos africanos e algum controle sobre algumas regiões. Foi na Revolução Industrial que essa presença se acentuou. As transformações profundas devido às tecnologias mostraram a riqueza de insumos na África.

Produção de petróleo, energia elétrica, propulsão de motores à combustão. Descobertas na química, uso de metais, novos meios de transporte. O poder econômico alastrou sua força. Pela dominação por meio da força, a África sucumbiu.

Era o continente mais disputado. As potências europeias se instalaram e tiraram o que puderam. Agora a África é quase esquecida. E a desigualdade criada nas relações internacionais mantém a Europa no centro das decisões mundiais. Injustiça? Sem dúvida. Mas a história é contada por quem ganha. Então, desejo a derrota da França. Vamos Argentina! Rumo ao tri.

Segunda formatura do Trilhas

Estudantes do 9º ano do Fundamental, da rede municipal de Lajeado, tiveram seis meses para conhecer um pouco do mundo do trabalho. Neste segundo ano, cerca de 140 adolescentes se formam no Trilhas da Inovação.

Desenvolvido pelo Senai em parceria com o governo municipal, o programa é dividido em quatro módulos (eletrônica – analógica e digital –; robótica; fundamentos para programação de software; e tecnologias da indústria 4.0). A cerimônia ocorre hoje, às 19h30min no Teatro do Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat).

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