A Univates anunciou o reajuste das mensalidades para 2023 nos cursos de graduação presenciais e à distância, cursos técnicos e pós-graduação. Os índices aprovados pelo Conselho Universitário (Consun) foram de 8 % para a modalidade EAD e 9,5% para as demais. No entanto, o movimento recebe críticas dos acadêmicos.
Em entrevista ao programa “Redação nas Ruas”, da Rádio A Hora 102.9, o presidente do DCE, Jeferson Ziem classificou o aumento como “abusivo” e afirmou que o impacto é significativo para a vida financeira de muitos estudantes. Segundo ele, alguns terão de reduzir a carga horária ou até mesmo trancar o curso, o que, consequentemente, acarretará no prolongamento da graduação.
Uma manifestação está marcada para esta quinta-feira, 15, a partir das 18h30min, em frente ao Prédio 1, e um abaixo-assinado virtual contra a medida conta mais de 2,6 mil adesões. Em paralelo, está marcada uma reunião com a Reitoria na qual será buscada uma solução para o impasse.
Outro lado
De acordo com a gerente financeira da Univates, Sandra Auler, nos últimos dois anos, durante as negociações sindicais, os salários dos professores e funcionários foram parcelados e postergados. Desta forma, os repasses ficaram abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em 2020, não houve alteração no valor das mensalidades. Porém, em 2022 e 2023, será preciso integralizar os valores, de até 9,5%.
Auler explicou, ainda, que reajuste está dentro da média de outras instituições gaúchas integrantes do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), cuja correção variou entre 8,5% e 15%. Em relação ao movimento estudantil, a profissional destacou a abertura permanente de um diálogo e a possibilidade do caso de cada aluno ser analisado.
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