Gestão do Hospital São José garante manutenção da ala de maternidade

ARROIO DO MEIO

Gestão do Hospital São José garante manutenção da ala de maternidade

Rede Divina Providência descarta risco de fechamento do setor. Assunto foi tema de debate nesta semana na câmara de vereadores

Gestão do Hospital São José garante manutenção da ala de maternidade
Hospital realizou 410 partos em 2021. Serviços são mantidos com recursos do Sistema Único de Saúde e convênios com sete municípios. Crédito: Gabriel Santos
Arroio do Meio

O fechamento da maternidade do Hospital São José foi descartado pelos gestores da Rede de Saúde Divina Providência e pelo secretário municipal da Saúde, Gustavo Kasper. O suposto risco de término dos atendimentos foi um dos assuntos trazidos na última sessão da câmara pelas vereadoras do MDB, Helena Matte, que já foi secretária da área, e Adiles Mayer.

Helena afirma que foi procurada por pacientes e mães que relataram preocupação com a situação da ala, pois o fechamento já teria sido cogitado em anos anteriores. Em nota, a Divina Providência, responsável pela gestão do hospital, reconhece que enfrenta dificuldades em manter os serviços de urgência na área obstétrica devido às exigências legais em manter o serviço de atenção às gestantes.

Outro fator apontado é a falta de médicos especialistas para completar as escalas de horários e a elevação acelerada de custos. Entretanto, os serviços são mantidos graças aos aditivos financeiros recentes feitos pelos sete municípios conveniados: Arroio do Meio, Capitão, Travesseiro, Putinga, Progresso, Boqueirão do Leão e Pouso Novo.

Em Arroio do Meio, o repasse mensal determinado em convênio é de R$ 23 mil. Em 2021, o repasse era de R$ 15,6 mil.
Em 2022, de janeiro até novembro, o Hospital São José realizou 307 partos. Em 2021, o total foi de 430 nascimentos. Uma resolução de 2017, da Comissão Intergestores Bipartite (CIB/RS) determina que, em um ano, sejam realizados 365 atendimentos no serviço de atenção às gestantes de risco habitual em hospitais.

Inverdades

Na sessão da câmara dessa quarta-feira,7, as declarações relacionadas ao fechamento da maternidade surpreenderam alguns setores do governo municipal. Os secretários da Administração, Aurio Paulo Scherer, e Gustavo Kasper, da Saúde, trataram o assunto como uma inverdade. “Essa situação foi negociada entre hospital e administração. O município garantiu os recursos necessários para manter o serviço. Isso está encaminhado há pelo menos três semanas. Não existe risco de fechar”, afirmou Scherer.

Na visão dele, houve a tentativa de manipular a opinião pública com as manifestações relacionadas ao hospital. Na mesma sessão, três projetos encaminhados pelo Executivo, que solicitavam a prorrogação de contratos temporários, foram rejeitados. “A oposição pensa na próxima eleição e segue orientações de fora criadas por um ex-prefeito”, diz.

 

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