Trajetória do Centro de Pinturas ilustra como empreender pode mudar vidas

Lajeado Empreendedora

Trajetória do Centro de Pinturas ilustra como empreender pode mudar vidas

No auge da carreira, Roberto Benedito Gerhardt aceitou o desafio de experimentar algo novo e, ao lado da esposa Solange, começou sua jornada empreendedora há 22 anos

Trajetória do Centro de Pinturas ilustra como empreender pode mudar vidas
Roberto Benedito e Solange Gerhardt, depois dos 40 anos, mudaram suas vidas para perseguir o sonho de empreender. (Foto: J. J. Silva)

Empreender é uma escolha que muda a vida. Pode ser uma alternativa para construir uma carreira, mas também uma opção para transformá-la em algo completamente novo. Este é o caso de Roberto Benedito Gerhardt, nome à frente do Centro de Pinturas, em Lajeado, que aos 45 anos abdicou de uma carreira a fim de aproveitar a oportunidade de empreender. 

Natural de Colinas, Gerhardt começou sua jornada profissional trilhando o caminho do pai. Aos 16 anos, atuou ao seu lado numa fábrica de calçados. Contudo, era uma função que não trazia realização. Por isso, um ano depois, conseguiu uma vaga em um escritório de contabilidade. Ali, se apaixonou pela área.

“Fiz um curso técnico de contabilidade e consegui construir uma carreira no setor. Inclusive, ainda realizei um sonho: voltei a trabalhar naquela primeira empresa, mas na contabilidade”, lembra.

No ano de 2000, já em Lajeado, seu contexto familiar mudou. A esposa, Solange, aos 47 anos, se aposentou da carreira de bancária. Porém, não gostaria de ficar em casa sem uma rotina produtiva. Neste cenário, um vendedor das Tintas Renner convidou o cunhado de Gerhardt para empreender e abrir uma loja da marca em Lajeado. Solange soube da oportunidade e comprou a ideia. Quando o projeto chegou a Gerhardt, ele não vacilou e embarcou ao lado da esposa.

“Tínhamos dois filhos adolescentes, com estudos para pagar. Porém, a decisão foi tomada. A gente tem que sonhar. Se eu não sonhasse, não teria tomado essa decisão”, avalia.

A experiência de Solange como bancária em Lajeado foi essencial para construir uma base de clientes, da mesma forma como os empregos de Gerhardt na área da contabilidade colaboraram diretamente na hora de tocar o negócio. Quando a operação foi aberta, o casal sabia que por cerca de cinco anos não era possível tirar dinheiro da loja, senão havia o risco de quebrarem. Assim, eles pouparam de todas as formas.

“Eu vinha a pé pra não gastar gasolina. Para ter sucesso, tu tem que ter persistência, resiliência e buscar conhecimento”, reflete.

Hoje, já experientes na vida e nos negócios, os dois brincam que a hora de parar sempre está próxima, mas, por fim, eles sempre continuam. Afinal, segundo Gerhardt, a ideia de se desfazer de algo que lutaram tanto para construir é dolorosa.

“Os obstáculos vão vir e tu não pode baixar a cabeça. Quando tu passar por esses perrengues, tu vai estar bem, mas sempre com os pés no chão”, concluiu, com um sorriso no rosto e a certeza que mudar completamente a vida através do empreendedorismo foi a decisão mais acertada.

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