A seleção brasileira é, talvez, o time de futebol mais popular do mundo, e como tal não consigo entender a onda de torcida contra na Copa. Pasmem, escutei buzinaço após o jogo da eliminação contra a Croácia. Trata-se da maior paixão do brasileiro, o futebol, não é política e nem esquerda e direita.
Pouco entendo de futebol e por isso não entro na análise técnica da derrota. Mas entendo de paixão. E eu quero que o Brasil vença sempre. Tinha 10 anos, a idade que meu filho tem hoje, e sofri em 82 quando nosso time foi eliminado pela Itália. Ainda dói o vexame dos 7 a 1 contra a Alemanha e está na memória a eliminação contra a Bélgica na Rússia. Mas me enche de orgulho quando lembro de Dunga levantando a taça em 1994 e do Felipão e seus meninos em 2002.
Comigo, esta história de torcer contra porque não gosta do técnico que é de esquerda; contra jogador que é de direita ou contra porque perdeu a eleição, porque a gasolina tá cara ou está de mau humor, não cola e é uma babaquice. Se um dia me provarem que o país se tornará melhor quando pararmos de idolatrar nossa seleção, serei o primeiro a mudar de ideia. Até lá, serei sempre torcedor. E isto que antes da Copa não estava pilhado. Mas fiquei. E agora estou triste.
Planos frustrados
Havia reagendado compromissos pra terça em função do jogo do Brasil. Sim, nos meus planos estaríamos jogando a semifinal, sonhando em ser contra a Argentina. Já havia planejado olhar a final da Copa no dia 18, domingo, ao lado de amigos para fazer uma festa bonita e festejar o Hexa. Planos adiados. É paixão. Alguns não entendem.
O tempo parou
Não foi uma sexta qualquer, foi dia de jogo da Seleção Brasileira. E com efeito parecido da varinha do mágico Mandrake nas histórias de quadrinhos. Paralisou o tempo e o comprimiu em 120 minutos e mais os pênaltis. Para a maioria dos brasileiros foi assim. Muito, mas muito triste. A expectativa estava muito alta. Poucos não colocavam o Brasil entre os favoritos. Um alento em meio à tristeza é de que a Copa do Mundo da maior parte dessa geração será a próxima. Jogadores novos e talentosos que ainda irão brilhar.
Medida polêmica
O vereador de Venâncio Aires, Ezequiel Sthal (União Brasil), lançou uma enquete no Instagram sobre a próxima corte da Fenachim. Ele quer saber se a população local concorda que, para concorrer a Rainha da Fenachim, a candidata não tenha filhos. É requisito do regulamento atual. Dependendo do resultado da enquete, ele pretende defender mudança no regulamento. Vem polêmica por aí.
A nossa chimia
O governo do Rio Grande do Sul instituiu o dia 31 de agosto como o Dia da Chimia. A Lei 15.899 foi aprovada pelo governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) no dia 1º de dezembro e publicada no Diário Oficial. A deputada estadual Patrícia Alba (MDB), autora da proposta, justificou o projeto como forma de “valorizar a cultura trazida pela imigração alemã e pela agricultura familiar, que permitiu o giro da economia”. É produto nosso, é bom e merece ter uma data para comemorar. Comendo muita chimia.
Curtas:
** A Polícia Militar do DF captou movimentos de possível grande manifestação em Brasília neste sábado, 10. São manifestantes pró-Bolsonaro e contra a diplomação de Lula, prevista para segunda, 12.
** Os nomes de cinco ministros anunciados pelo presidente Lula são para acalmar o mercado financeiro, as forças de segurança e os partidos da base aliada. Nenhum deles tem 100% de unanimidade. Alguns ficam com menos da metade.
** Secretário da Justiça do Estado, Mauro Hauschild, esteve em evento no presídio de Lajeado na sexta-feira. Aceitou conceder entrevista desde que não fosse tocado no assunto envolvendo promoção da companheira dentro da mesma secretaria. Fato está sendo investigado pelo MP.