A empresa Adama anunciou nesta semana investimentos de R$ 300 milhões na sua nova unidade, na boa terra de Taquari. Vai ser um solene solavanco na economia local e certamente com perspectivas futuras de ampliações no parque industrial da empresa.
O objetivo é a produção de agroquímicos, onde já atua com projeção no agronegócio brasileiro. E “bala na agulha” é o que não lhe falta pra crescer cada vez mais no principal celeiro mundial da produção de alimentos. O empreendimento nasceu em Israel e manteve seu nome original, embora hoje esteja integrada com gigantes internacionais do setor, tipo ChinaChem e Syngenta. Com esses baitas ¨guarda-chuvas¨ de parceiros dando cobertura, pode chover até canivetes, como diz o meu cumpádi Belarmino.
Crédito: Thiago Maurique
Esses insumos agrícolas são fundamentais em qualquer lavoura, pequena, média ou grande. Vai looonge o tempo em que se eliminavam plantas daninhas, fungos, insetos na base da enxada e do pincel.
No pátio de uma casa até vai, mas numa plantação profissional não tem como não se valer de herbicidas, inseticidas, fungicidas e outras biossoluções. Que diga-se de passagem, são permanentemente desenvolvidos buscando sempre maior eficiência e menores riscos.
Parabéns à empresa e aos taquarienses.
P.S.: pelo que sei, Adama em hebraico significa boa terra ou solo fértil, e a expressão tem origem em tempos bíblicos. Mas posso estar enganado e aí já peço desculpas por antecipação, não sou muito bom em iídiche.
NO FIO DA NAVALHA
O meu Cumpádi Belarmino costuma usar essa expressão quando trata de assuntos delicados com um pouco mais de profundidade. Navalha é coisa muito afiada, se apertar um pouco é ¨talho¨na certa e provoca uma sanguera danada.
Mas como bom observador da natureza, ele percebeu que tem um bichinho que consegue atravessar um fio de navalha de ponta a ponta sem se cortar: a lesma. Anda meio devagar e discretamente, carregando a própria casinha nas costas, autosuficiente tipo um motorhome. Com tempo, paciência e persistência sempre chega aonde quer, mas deixa um rastro no caminho fácil de identificar.
ALELUIA IRMÃOS!!!
Depois de mais de 40 anos pelo jeito finalmente vai ser regulamentada e legitimada a atividade de lobby no Brasil, em todas as esferas e níveis de governo, inclusive municipal.
Pra quem não lembra, cabe destacar que a primeira iniciativa nesse sentido foi feita pelo competente, sério e já falecido senador Marco Maciel. Na época conhecido nos bastidores de Brasília como ¨Mapa do Chile¨, porque sua figura física era magra e alta.
Lobby em inglês é saguão ou corredor de prédio, nos EUA, é expressão de uso corrente nos ambientes políticos há mais de 100 anos. Define a ação de grupos de influência e de pressão nas chamadas ante-salas do poder.
Por aqui ainda é muito associado com meras tentativas de corrupção, mas não é bem assim. Na real, lamentavelmente essas até acontecem, mas na maioria das vezes são tratativas para melhor esclarecer certos cenários, com boas e confiáveis informações para aprimorar tomadas de decisões e reduzir as margens de possíveis erros.
Ações lobistas acontecem todo o santo dia em qualquer nível da administração pública e privada, nenhuma novidade nisso. E é bom que tenha uma regulamentação nesse ramo, até pra preservar quem atua de forma ética.
LOW PROFILE
Há quem traduza essa expressão inglesa assim: em boca fechada não entra mosca. Mas low profile, na real, significa atuar com discrição, sem fazer questão de aparecer muito. Tipo assim: quando tu contar um milagre, não dê o nome do santo e quando citar o santo não conte o milagre, a não ser que o santo assim preferir.
A discrição é uma característica importante de qualquer lobista que se preze, assim como a integridade e a confiabilidade pessoais. E nem tanto para preservar algum sigilo, mas pra não alimentar eventuais fofocas. Em muitas situações pode ser meio complicado de explicar que focinho de porco não é tomada…
SAIDEIRA
– Xeque-mate pode ser falsificado?
– Pode, mas o sujeito acaba no xadrez.
