Representantes da Organização das Cooperativas do Brasil de Rondônia (OCB/RO), Sebrae, Federação da Agricultura e de duas cooperativas do estado do norte do país estiveram na Dália Alimentos, na última semana, para conhecer o modelo de produção de leite da cooperativa de Encantado e do RS. Os presidentes do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini, e Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, apresentaram a estrutura, números do quadro social e de funcionários.
“A Dália possui o mesmo sistema de administração que cooperativas europeias. Hoje, são 2.780 associados e 2.909 funcionários. Esses associados elegem uma chapa composta pelo presidente do Conselho de Administração e o vice-presidente. Também votam em outros sete conselheiros de administração que cuidam da parte social. Já o presidente-executivo é responsável por todo setor produtivo da cooperativa”, afirma Piccinini. Citou ainda que antes de se tornar conselheiro, devem ser eleitos delegados que representam os produtores próximos da sua região.
Demandas da indústria
Freitas explanou sobre a indústria nos segmentos avícola, suinícola, lácteo, varejo e da fábrica de ração, além de detalhar o organograma criado para atender as demandas da empresa e estruturado em uma Controladoria e oito divisões: Produção Agropecuária, Produtos Suínos, Frango de Corte, Produtos Lácteos, Controle de Qualidade, Comercial Carnes e Derivados, Comercial Lácteos e Varejo. “Cada divisão possui um gerente responsável, que coordena uma equipe formada por supervisores, encarregados e funcionários”, ressalta o presidente-executivo.
Sistema viável ao produtor
O superintendente do Sistema OCB/RO, Uliame Ramos, salientou que o objetivo do intercâmbio foi buscar inovação, novas experiências e práticas, principalmente sobre a produção de leite. “O que nos chama atenção é o sistema de Condomínio Leiteiro que a Dália já vem desenvolvendo”, afirma.
Ele informou que Rondônia possui duas cooperativas que atuam no segmento lácteo, sendo que uma empresa já trabalha com este sistema e a outra tem interesse em implantar. “Decidimos visitar a Dália para entender os caminhos que a empresa percorreu para viabilizar esse modelo de produção, que é o condomínio leiteiro e, neste sentido, pretendemos implantá-lo, pois percebemos que isso fortalece os produtores e a agroindústria”, justifica.
Ramos elogiou o trabalho da Dália. “Nossas primeiras impressões são as melhores possíveis, nos dá força e certeza de que devemos seguir produzindo leite, principalmente depois de constatar que este sistema dá certo. O sistema de condomínio leiteiro pode ser viável para o produtor que consegue trabalhar em associação, evitando que grandes corporações de laticínio continuem sufocando seus rendimentos”, observa.
Demais visitas
A comitiva também conheceu o Condomínio Leiteiro de Nova Bréscia, a propriedade de Arthur Ziglioli e o Complexo Industrial Lácteo, em Palmas, no município de Arroio do Meio.
Direção da Dália apresentou estrutura e números do quadro social e de funcionários
crédito: Kástenes R. Casali/divulgação