A educação é essencial no desenvolvimento de uma sociedade. É por meio dela e daqueles dispostos a repassar o conhecimento que obtemos o poder para transformar. É neste viés que a Univates, há mais de 50 anos, contribui diretamente com a formação de nomes importantes para a região. Um desses nomes é Ney José Lazzari.
Atual presidente da Fundação Vale do Taquari de Educação e Desenvolvimento Social (Fuvates), além de ter sido professor da Univates e reitor por mais de 20 anos, a jornada do economista se confunde com a da instituição, que nasceu nos anos 60, quando Lajeado se dá conta de que precisa de professores e dar oportunidades aos jovens que estão a caminho. Em um primeiro momento, a Univates começa como uma extensão da Universidade de Caxias do Sul. Já em 1974, a instituição se torna independente.
“Meus pais eram professores. Completei meus estudos em um seminário. Com 16 anos, entrei na Univates como aluno de Economia. Ao final do curso, fui convidado para fazer mestrado na UFRGS, mas como eu não tinha condições de me sustentar, a Univates me contratou para uma noite-aula. Eu sou fruto desse investimento”, relata Lazzari.
O economista retorna a Lajeado quando a instituição dá um novo passo e decide criar um grupo de professores que passaria a ter dedicação exclusiva à instituição, o que faz deste um ponto chave na trajetória da universidade.
“A Univates investiu em mim e eu investi a minha vida na Univates também. Tem cidades importantes que não possuem uma universidade. Lajeado podia ter sido uma delas. Naquele momento, houve uma decisão efetiva de ter uma universidade na cidade”, avalia.
Um dos apoios essenciais foi a doação de parte das terras em que hoje está o campus da Univates, que já formou cerca de 24,7 mil estudantes. Através dos anos, a Instituição foi responsável por, literalmente, mudar o cenário de Lajeado.
Nos anos 2000, Lazzari conta que houve momentos importantes. “Com uma mudança constitucional, ganhamos também a liberdade de abrir outros cursos, foi quando criamos os cursos da engenharia e da saúde. O Direito veio mais tarde, assim como a Odontologia e a Medicina”, reforça.
Os desafios para os próximos anos são grandes, afirma o presidente da Fuvates, uma vez que existe uma crise no ensino superior. Para driblar isso, a Univates aguarda o direcionamento da política educacional do novo governo, mas também aposta em negócios correlatos ao ensino superior, como a prestação de serviços na área da saúde e a unidade em Nova Mutum, em Mato Grosso.
Com mais de meio século de existência, a preocupação da Univates vai além da formação profissional. “Buscamos, cada vez mais, formar estudantes prontos para o mundo do trabalho, mas também trazendo uma visão humanista, que cuide da vida e das pessoas”, conclui Lazzari.
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