De acordo com a Associação Americana de Psicologia, a ansiedade é uma emoção caracterizada pela apreensão e sintomas somáticos de tensão em que um indivíduo antecipa perigo iminente, catástrofe ou infortúnio. Ou seja, a ansiedade é uma sensação muito ruim de sentir, tendo como função preparar seu corpo para lidar com uma ameaça. Consiste também em manter a mente ocupada antecipadamente (pré – ocupação), cujo desfecho nem sempre é como a mente imagina. É uma das emoções mais vivenciadas nos últimos tempos. Pode ser representada por uma gangorra de altos e baixos.
Nesse sentido, temos o exemplo do parapente que é um equipamento semelhante a um paraquedas, pois também tem uma estrutura flexível e o utilizador está suspenso.
Enquanto o paraquedista se limita passivamente a diminuir os riscos de uma aterragem violenta, o parapentista tem um voo dinâmico, onde o piloto pode controlar a sua direção, circunstâncias favoráveis de correntes, de ar ascendentes, a sua descida, podendo manter-se a voar por períodos longos. E o que esse exemplo tem a ver com a ansiedade? Para voar, a pessoa precisa confiar no instrutor, bem como fazer a escolha de se entregar a um equipamento que a leve pelo ar, proporcionando um voo equilibrado e constante. Ou seja, há o tempo todo a escolha de como sentir e aproveitar o passeio. Já a ansiedade faz parte de todo o processo de voo, assim como em outras situações, mas que pode ser manejada e controlada. Uma emoção que dispara sensações, mas que faz parte do desenvolvimento.
Assim, o tempo todo estamos fazendo escolhas, optando por este ou aquele objeto ou por aquela situação. A capacidade da escolha entre a “ansiedade ou parapente”, emoção ou ação, pode ser treinada e sutilizada de acordo com os potenciais. Como seres humanos, temos muito a aprender, mas as nossas escolhas vão definindo quem somos e por que estamos aqui, para nos perguntarmos: qual é o próximo voo?