Cooperativas  pedem socorro

Opinião

Felipe Neitzke

Felipe Neitzke

Coluna aborda os destaques relacionados ao agronegócio

Cooperativas pedem socorro

Se por um lado a valorização das commodities animam os produtores, as cooperativas do setor de carnes amargam prejuízos. O modelo integrado faz com que as empresas forneçam além das aves e suínos a alimentação dos animais. Nesse cálculo, pelo menos 70% do custo está relacionado à nutrição que tem como principais ingredientes a soja e o milho.

Para quem produz grãos, a venda para exportação tem sido o melhor caminho. Até mesmo porque os custos nas lavouras também aumentaram, seja com o fertilizante ou o uso do diesel no maquinário. Por conta desse cenário, o pedido de socorro é feito aos governos.

A preocupação foi exposta esta semana em entrevista do presidente da Languiru, Dirceu Bayer, à Rádio A Hora. Na sua avaliação, cabe aos gestores públicos apoiar e melhorar a competitividade do setor. Até que isso ocorra, como forma de minimizar os impactos nas cooperativas, as marcas locais apostam cada vez mais na diversidade de produtos e abertura de mercado no exterior.

Outra estratégia adotada pela Dália e Languiru é incentivar e investir na produção de grãos. Dessa forma, visam depender cada vez menos do milho de outros estados e ampliar a margem sobre a produção integrada de aves e suínos.

Crédito: Divulgação


Previsibilidade no preço do leite

A frequente oscilação nos valores pagos aos produtores faz com que a Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando) e outras instituições defendam um modelo de contrato com as indústrias. A ideia é criar a previsibilidade de preços por determinado período. O presidente da associação, Marcos Tang, defende contratos de 4 a 6 meses para que o produtor saiba o quanto vai receber pelo leite que sai da propriedade. O debate sobre essa demanda avança junto ao Conseleite.


Associação dos suinocultores celebra 50 anos

Uma das principais instituições que atuam em defesa dos criadores de suínos completa cinco décadas de fundação em 25 de novembro. A instituição com sede em Estrela conta com cerca de 7,5 mil associados e surgiu com a responsabilidade de zelar pelos interesses da categoria e de trabalhar pelo melhoramento genético do rebanho. Para marcar a data, a Associação dos Criadores de Suínos do RS (Acsurs) vai lançar o livro “A Voz do Suinocultor da Porteira para Fora”. A publicação escrita por Salus Loch será apresentada durante jantar do cinquentenário no dia 24.


Cotações semanais

Momento em que a colheita do trigo chega ao fim na região, os preços apurados pela Emater/RS-Ascar registram leve recuo. No comparativo com a semana passada a queda é de 2,28%. Por outro lado, a soja acompanha alta de 1,20%. Já o preço do milho, saca de 60 kg, segue estável em R$ 84.


Vendas das agroindústrias superam expectativas

Um dos espaços de sucesso durante a Expovale+Construmóbil é o Pavilhão da Agricultura Familiar. No ambiente estão 47 empreendimentos de 33 cidades viabilizados em parceria com a Fetag e Emater/RS-Ascar. Outros estabelecimentos que não se enquadram no programa também aproveitam o momento para divulgar seus produtos e fechar negócios.

Nos seis primeiros dias quase 60 mil pessoas passaram pela feira e a expectativa é ainda maior para a reta final. Entre as agroindústrias participantes está a Codorni Indústria e Conservas de Ovos, de Lajeado. O proprietário, João Bogorni, havia projetado vender 1,5 mil vidros de conservas e já ultrapassou em 30% essa marca.

Roberta Colombo/Divulgação

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