“Se você olhar os macroindicadores econômicos como a tendência de queda da inflação e da Selic, o crescimento do PIB, o agro que vai plantar 3 milhões a mais de hectares em relação ao ano passado, os altos preços da commodities — principalmente da soja e do milho — não tem porque não acreditar no crescimento continuado do nosso país, independente de quem estiver à frente da Economia.” A afirmação é do ex-presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann, em entrevista à Rádio A Hora 102.9, nesta segunda-feira, 14.
Ele entende o país ser muito maior do que uma disputa política eleitoral. “Terminou a eleição, foi declarado o vencedor. Agora é hora de olhar para frente. Se for preciso fazer alguma correção no sistema eleitoral, que seja feita por nossos congressistas eleitos. De resto, o Brasil caminha firme.”
Conforme o ex-diretor da John Deere, tentativas de desestabilizar o mercado são típicas nestes momentos pós-eleição. “Em uma economia instável o especulador não ganha dinheiro. Ele ganha na turbulência.”
Herrmann acredita que Lula não governará para o PT. “Ele tem dito isso nos bastidores. Vai construir uma equipa para unir o país novamente. Até porque esta é a sua última chance de corrigir a rota de sua história. Não acredito que a equipe econômica vai jogar por terra as conquistas feitas até o momento. [..] Ninguém pode ir contra o agro. Não tem como colocar de pé uma política econômica que vá contra.”
Histórico do entrevistado
Paulo Herrmann começou na John Deere em 1999, como gerente de projetos, em Horizontina, no Rio Grande do Sul. Durante a trajetória, ocupou o cargo de diretor de marketing para a América do Sul, e foi nomeado diretor de vendas para a América Latina em 2009. Desde 2012, foi presidente da John Deere Brasil e vice-presidente de Marketing e Vendas para América Latina. Ele deixou o cargo após 22 anos em janeiro deste ano.
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