Aves que habitam o Parque do Engenho são catalogadas

NATUREZA

Aves que habitam o Parque do Engenho são catalogadas

Placas instaladas na área descrevem os animais que habitam o espaço e identificam as entradas do terreno. Iniciativa faz parte de um projeto de recuperação do local

Aves que habitam o Parque do Engenho são catalogadas
Colocação de placas de identificação faz parte de um projeto de recuperação do parque. Crédito: Bibiana Faleiro
Lajeado

Biguá, Galinha-D’Água e Pato-do-mato são aves que habitam o Parque do Engenho, em Lajeado. Agora, a história delas pode ser conhecida pelos visitantes do espaço público por meio de placas de identificação. A iniciativa faz parte de um projeto maior da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) para a recuperação da área.

De acordo com o coordenador do setor administrativo da Sema, Gustavo Enger, nos últimos anos, o espaço não tinha iluminação e muitas pessoas não sabiam onde o parque estava localizado. Por isso, uma placa de madeira na entrada do terreno, pela rua Liberato Salzano Vieira da Cunha foi instalada, e outra deve ser colocada perto do Clube Tiro e Caça (CTC).

Enger destaca que a manutenção do parque era feita pela Secretaria de Obras e algumas solicitações não eram atendidas. A partir de 2017, e com o plano de tornar o espaço melhor habitado, o Engenho recebeu uma série de obras, como a reforma da roda e colocação de luminárias financiadas por meio de multas ambientais. Assim, ao invés de fazerem o depósito para o fundo do meio ambiente, as empresas investiram no parque.

O local também recebe decoração natalina neste ano e a Sema programa o Natal no Parque do Engenho, com missa na Gruta Nossa Senhora de Lourdes. Além da gruta, a área de 1,4 hectare também contempla a Ponte do Lago do Engenho, Roda D’água, local de trilha, o Arroio do Engenho e a Sema.

Segurança aos visitantes

A melhoria do espaço também permite que a comunidade volte a frequentar o parque com segurança. Por isso, a passagem de carros pelo trajeto foi proibida e a Brigada Militar faz rondas constantes.

Moradora do Centro, Deise Franco voltou a passear pelo parque com filha Olívia, de um ano e seis meses, nos últimos dias. A mãe conta que alguns meses depois da menina nascer, o local era o destino diário de passeio das duas.

“Acho que esse é o lugar que ela mais visitou. Ela gosta daqui, dos patos. Tem muita natureza, é cercado de árvores”, destaca Deise. Ela afirma já ter visto as placas que contam a história do parque, mas as lâminas com o histórico das aves que habitam o espaço chamou sua atenção.

A catalogação dos animais foi feita pela equipe de biólogos da Sema, por meio, também, de câmeras noturnas. Nas placas, uma breve explicação é encontrada. Assim, é possível identificar o Biguá, uma ave aquática de coloração preta com o dorso cinza. Outro animal encontrado no local é a Galinha D’água, de cor vermelha, preta, branca e amarela. Além disso, o Pato-do-mato também foi catalogado, com a penugem preta e branca, podendo apresentar outras cores.

Deise voltou a frequentar o parque nos últimos dias, com a filha Olívia. Crédito: Bibiana Faleiro

 


O início do engenho

A história do Engenho começa em 1862, quando Antônio Fialho de Vargas, então proprietário das terras, ordenou a construção da serraria, um engenho de serrar madeira. Os 19 escravizados que trabalhavam no terreno cavaram valetas e amontoaram pedras para construir a infraestrutura necessária.

Depois de compras e vendas das terras com o moinho, a roda passou a fornecer luz ao Hospital São Roque até 1936. E, em 1941, a grande enchente daquele ano destruiu o engenho.

A prefeitura adquiriu as terras em 1962, e transformou o espaço em atração turística. Dez anos depois, em homenagem ao centenário da família Schlabitz, a área foi denominada Parque Municipal Schlabitz e considerada por lei como bem de uso comum.

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