Com uma frota com mais de 27 mil veículos e com vias projetadas no século passado, o trânsito de Estrela aponta áreas de conflito, engarrafamentos em horários de pico e falta de locais para estacionar.
Esse é o cenário apresentado após diagnóstico contratado pelo governo municipal. Junto com os gargalos do trânsito, o estudo também indica possíveis formas de solucionar alguns problemas. Os resultados foram apresentados na sexta-feira.
“Temos congestionamento no início da manhã, entre 7h e 8h, e no fim da tarde”, relata o taxista com ponto na rodoviária, José Fagundes. Outro condutor, Leodocir Rodrigues afirma que o viaduto sobre a BR-386 afunila o fluxo do centro ao bairro. “Teria de duplicar aquela ponte”, sugere.
Junto com os pontos de lentidão, adverte para as rótulas ao longo da Av. Rio Branco. Na lógica do fluxo interno, os veículos que estão em conversão têm preferência. “Quem está na pista principal se confunde”, conta Rodrigues.
Como resultado, já presenciou colisões e inclusive também já sofreu um acidente com danos materiais. “As pessoas se confundem nas rótulas. Pois o normal é quem está na rótula esperar.”
Entre os pontos com mais riscos está a entrada para a rua Coronel Brito. O estudo inclusive apontou como um dos trechos que precisa de intervenção para diminuir o risco aos condutores.
O também motorista profissional, com 40 anos de profissão, Antônio dos Santos viu de perto o crescimento da frota de veículos no município. “Hoje falta espaço. Agora para melhorar o trânsito, é preciso mais vias, com uma reformulação em alguns pontos, como aqui na Rodoviária.”
Junto com isso, ainda há o trânsito de cidades próximas. Para o prefeito Elmar Schneider, é preciso evoluir. “Nossa principal rodovia está fazendo isso para atender a crescente demanda. Não pode ser diferente aqui”, destaca. Pelos dados do Detran, Estrela tem um índice de motorização de 0,78 veículo por habitante.
Rotativo pago
O estudo apresentou as mudanças mais urgentes a serem tomadas no município. Para isso, foi feito levantamento das vagas de estacionamento, considerando saídas de garagem, vagas especiais e para deficientes. Além disso, foi feita a contagem do fluxo de veículos nas principais vias e pensada na possibilidade da troca de sentido ou a criação de novas ruas com mão única.
De acordo com o levantamento, na área central, a taxa de ocupação das 1,2 mil vagas de estacionamento disponíveis é de 89% no período das 8h às 18h. A maioria dos veículos fica o dia inteiro na mesma vaga, pois a taxa de rotatividade é baixa, próxima aos 19%.
Para o estacionamento na área central, uma das propostas foi a implantação de um estacionamento rotativo pago, operado por empresa terceirizada, com parquímetros, aplicativo e pontos de venda no comércio.
Pontos de conflito
Pelo detalhamento das vias urbanas, há pelo menos sete pontos de conflito, que precisam de obras e melhorias na sinalização. Ficam em diferentes locais da cidade, desde os bairros Boa União, Oriental, Centro e nas proximidades do Parque Princesa do Vale.
Outras propostas são o prolongamento da Rua Ernesto Alves, entre as ruas Dr. Tostes e Treze de Maio, assim como melhorias na Rua João Lino Braun, no Boa União. A empresa contratada sugeriu uma rótula na RSC-453.