A tradição em beneficiar o leite e transformar em queijo remonta ao ano de 1950. Na época o avô de Fábio Kich, atual proprietário da agroindústria, decidiu empreender e agregar valor ao produto in natura.
“Meu pai Marino casou com Yara Biehl e fez curso em laticínios em Pelotas. Conduziu os trabalhos na indústria por mais de 40 anos.” E o negócio passou de pai para filho. Em 1992, Kich assumiu a função de gerente e muita coisa mudou.
Depois de fazer vários cursos em Minas Gerais e Montenegro, a produção foi diversificada. “A gente produzia dois tipos de queijos e passamos a fazer 18, além de bebida láctea”, reforça Kich. O que não mudou foi a tradição e a qualidade.
As receitas herdadas por gerações permaneceram preservadas e são colocadas em prática, sempre respeitando todas as exigências sanitárias. “Modernizamos o processo, mas mantivemos o sabor artesanal e único em cada tipo produzido”, observa o proprietário.
Nova estrutura
Em 2006 surgiu a ideia de montar uma agroindústria. Fábio Kich usou o conhecimento adquirido em anos de trabalho em várias empresas da região para montar o novo empreendimento. Entre os tipos produzidos hoje, destaca as variedades colonial, lanche, coalho e nata.
Por dia são industrializados 3,2 mil litros adquiridos de famílias de Marques de Souza, Pouso Novo e Travesseiro. Deste montante, 600 litros são do plantel próprio mantido pela família.
“O nosso grande diferencial é o sabor, a textura e a qualidade. A gente mantém o processo artesanal e conseguimos assim fabricar produtos de acordo com a necessidade do cliente.”
Ao investir na produção de queijos, a família também encontrou uma forma de agregar valor na atividade leiteira. Esse setor enfrenta com frequência instabilidade no preço e aumento nos custos.