O empreendedorismo, às vezes, é algo intrínseco. Outras, ele é construído a partir de diversos elementos apresentados durante a formação. É o caso da BIMachine, que desenvolve softwares para gestão de empresas com um grande volume de dados. Por trás de sua história, há a trajetória dos seus sócios, Douglas Scheibler e Augusto Fleck, que desde a adolescência foram gradativamente formados para o mercado da tecnologia.
Scheibler, por exemplo, cresceu observando o esforço dos pais para manter os negócios – primeiro, um bar; depois um restaurante. Além do exemplo de casa, a oportunidade de fazer um Ensino Médio técnico, que lhe abriu o horizonte de possibilidades, e iniciar a graduação em Administração com ênfase em análise de sistemas lhe deram a base necessária para enxergar mais longe. “Junto com um colega da Univates, da cadeira de Sistema de Apoio à Decisão, tive a ideia de criar uma empresa focada nesta frente”, conta.
Nasceu, assim, em 2005, a SOL7 Tecnologia de Decisão, incubada na Univates antes mesmo do Tecnovates. Ao se apresentar para o mercado, o primeiro susto: a região não comportava o que a empresa, então, oferecia. Desta forma, os primeiros clientes foram de longe, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Apenas com dez anos de história os primeiros clientes do Vale começaram a aparecer.
Nessa jornada, ficou claro, principalmente após uma viagem pela Europa, que a empresa precisava investir no desenvolvimento de produtos. Decisão desafiadora, já que era preciso convencer clientes que a tecnologia nacional era tão boa quanto a estrangeira enquanto não se contava com investidor para o desenvolvimento do projeto.
“Começamos a trabalhar esse produto em 2013 e em 2014 lançamos a primeira versão. Esse movimento nos fez rebatizar a empresa como BIMachine. Conseguimos escalar isso e hoje temos mais ou menos 4 mil clientes ativos em todo Brasil, América Latina e também em Portugal”, explica Scheibler.
Hoje, a BIMachine olha muito para o Vale. Tanto é que inaugurou a BIMachine Arena, um espaço de inovação e formação, por acreditar que Lajeado tem se movimentando para se tornar uma capital também do digital. “Cada vez mais temos dado passos largos para nos tornarmos um dos pilares no Rio Grande do Sul em questão de inovação. Lentamente, mas com passos consistentes”, avalia Scheibler, a partir da experiência que mostra o potencial de desenvolvimento que Lajeado possui.
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