Setor de lácteos pede menos impostos e mais incentivos

Opinião

Felipe Neitzke

Felipe Neitzke

Coluna aborda os destaques relacionados ao agronegócio

Setor de lácteos pede menos impostos e mais incentivos

Crédito: Divulgação

Revisão do regime tributário, linhas de crédito rural, política de fomento à produção leiteira e acesso aos recursos do Fundoleite. Essas são prioridades do setor lácteo apresentadas em documento para os candidatos ao Piratini.

O ofício entregue a Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL) expressa a preocupação no aspecto social que envolve a produção leiteira para evitar a evasão de milhares de produtores da atividade.

Líderes do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag) apresentaram as dificuldades frente às importações do produto que interferem na competitividade dos laticínios locais.

As organizações reforçam que, ao mesmo tempo, as exportações representam apenas 40% do leite produzido no estado. Nesse sentido, o desafio é criar políticas para inibir a volatilidade de preços e tornar a atividade sustentável.

Compromissos dos candidatos

Eduardo Leite:  Indicou duas frentes a serem adotadas, a primeira delas destravar o acesso ao Fundoleite para possibilitar investimentos. A outra trata de encontrar novos mercados consumidores para lácteos gaúchos, tanto no Brasil quanto para exportações.

Onyx Lorenzoni:  Se comprometeu em trabalhar para baixar impostos, criar políticas de concessão de crédito e sinalizou que manterá canal direto de escuta das demandas do setor. Considera fortalecer a atuação do Banrisul em linhas de crédito agrícola.


Cidade do Vale integra Anuário da Cachaça

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou esta semana documento institucional que apresenta dados estatísticos relativos aos estabelecimentos e produtos registrados pelo órgão. O Anuário da Cachaça traz algumas curiosidades, entre elas, a densidade cachaceira por município.

O ranking indica as cidades em que há uma cachaçaria para cada 1,5 mil habitantes ou menos. Na 10ª posição nacional dessa tabela está Poço das Antas.

Com população estimada em 2.101 habitantes, são dois estabelecimentos registrados que produzem cachaça. Esse relatório também indica que a exportação brasileira neste segmento cresceu 29,5% em volume e 38,4% no valor gerado em relação ao ano anterior. Entre os principais destinos estão Paraguai e Alemanha.

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Lavoura dourada

Com produtividade estimada em 3,2 mil quilos por hectare, a safra de trigo deve superar em 32% o volume do ciclo anterior. Esse incremento é atribuído às condições do tempo que favoreceram para o enchimento dos cachos e grãos uniformes. Com previsão de tempo seco e sol na próxima semana, a colheita deve se intensificar na região.

Os dados da Emater/RS-Ascar também indicam cenário animador para o desempenho geral da safra de inverno. A cultura antes usada apenas para cobertura de solo agora conquista espaço como alternativa econômica na valorização do cereal no mercado. Pela cotação Cepea/Esalq a tonelada de trigo que era vendida a R$ 1.684,48 no início do mês, agora é negociada a R$ 1.733,39.


Exportação de ovos

Um dos setores que conquista espaço no Vale do Taquari celebra números positivos nas vendas. As exportações brasileiras de ovos geraram receita de 1,6 milhão de dólares em setembro, segundo levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O resultado supera em 12,3% o desempenho registrado no mesmo período do ano passado, com 1,4 milhão de dólares. O saldo positivo se repete em volumes, com 8 mil toneladas nos nove primeiros meses deste ano, número 10% superior ao registrado em 2021, com 7,3 mil toneladas.


Custos de produção registram queda

Pelo quarto mês consecutivo, o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) apresentou queda. Em setembro, a retração foi de 4,04% em relação a agosto de 2022. Da mesma forma, o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) também manteve o movimento de deflação com 1,63% no último mês. Os dados foram divulgados pela Farsul nesta semana. O custo com fertilizantes puxa a queda nos custos de produção.

No acumulado em 12 meses, o indicador registrou inflação de 12,44%. Já no acumulado do ano, o resultado é de deflação de 2,46%. Na região, o produtor também percebe diferença no momento de comprar fertilizantes. A saca de 50kg de ureia vendida no início do mês a R$ 238 agora é encontrada por R$ 206.

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