Ela surgiu em 1991, inicialmente como uma empresa focada na contabilidade tradicional. Com o passar do tempo, se consolidou no setor, expandiu sua atuação para fora do Vale do Taquari e passou a focar em serviços diferenciados aos clientes. Esta é a bagagem da Mallmann Soluções Empresariais, em constante crescimento.
Sediada em Lajeado, no bairro São Cristóvão, a Mallmann Soluções Empresariais conta também com um escritório em Porto Alegre. A expansão da empresa, os dias atuais e o futuro foram tema de entrevista em “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. Sócio e fundador, Rui Mallmann, e o filho Rodrigo foram os convidados.
Hoje, a empresa tem cerca de 30 funcionários e atende mais de 40 segmentos. Entre os serviços ofertados aos clientes, estão as gestões contábil e empresarial, assessoria completa (inclusive nas áreas fiscal e de planejamento tributário), certificação digital – sendo um dos pioneiros na região – e abertura de empresas.
Origens em Lajeado
A família de Rui Mallmann é de Lajeado. Ele nasceu e cresceu na antiga Picada Moinhos, hoje bairro Moinhos. Ficou lá até os 19 anos, quando se mudou para Ijuí, onde o irmão mais velho já residia. “Eu me formei no Castelinho e depois fui cursar Administração. Era o meu objetivo. A contabilidade caiu por acaso na minha vida”, recorda.
O retorno ao Vale do Taquari ocorreu algum tempo após concluir a graduação. Já o filho Rodrigo fez sua formação em Porto Alegre, na faculdade de Direito do Ministério Público. Após atuar na capital gaúcha, voltou para casa recentemente. “A pandemia me fez refletir muito. Trabalhava no sistema híbrido. Aí decidi voltar para minha cidade”.
ENTREVISTA – Rui Mallmann e Rodrigo Mallmann
“O empresário deve saber se o negócio dele é rentável ou não”
Rogério Wink: Rui, como você chegou até a Contabilidade?
Rui Mallmann: Eu me mudei para Ijuí, comecei a trabalhar com meu irmão e estudar no curso que queria. Um dia, no segundo ano de faculdade, um professor me pediu porque estava cursando Administração. Aquilo me colocou uma interrogação na cabeça. Na semana seguinte, chegamos a uma conclusão. Não era aquilo que eu queria. Ele foi curto e grosso: troca para Ciências Contábeis. Eu tinha facilidade com números. E foi o que fiz.
Wink: E como foi o processo de abertura do escritório?
Rui: Minha primeira oportunidade na área contábil foi na Cotrijuí. Aí, me formei e depois voltei a Lajeado. Trabalhei com o Marco Antônio Pinto, também na contabilidade, e, logo em seguida, decidi abrir o meu próprio escritório. Já são 30 anos de atuação
Wink: E por que você escolheu o Direito, Rodrigo?
Rodrigo Mallmann: Digo que foi o direito que me escolheu. No primeiro ano do ensino médio já tinha isso em mente. Mas, até então, não sabia que me relacionaria com as áreas da contabilidade, na parte do direito empresarial e tributário. Quase todos, lá no início, se apaixonam pelo direito penal. Eu, no decorrer da faculdade, comecei a gostar dessas áreas.
Wink: A área contábil, em Lajeado, tem muitos profissionais qualificados e um curso muito bom. Você esperava alcançar um patamar tão alto?
Rui: Acho que nós criamos uma forma diferente de se trabalhar em contabilidade. Quando iniciamos com o nosso escritório, ninguém fazia o que nós fazíamos. E, assim, fomos crescendo. Tínhamos um puxadinho de 35 metros quadrados e logo aquilo ficou pequeno. Hoje estamos com a sede na rua Arno Ritter, e agora projetamos uma unidade nova próxima à avenida Amazonas. Somos entre 30 funcionários e o nosso espaço atual é limitadíssimo.
Wink: Como surgem as demandas na área tributária?
Rodrigo: Estão em alta as demandas por recuperação de créditos tributários. Mas o que temos visto? Em muitas vezes, são recuperações sem amparo legal. Temos que ter uma atenção especial quanto a isso. Temos de consultar, ver a legislação e se esse crédito é devido, sob o risco de, em até cinco anos, os clientes sofrerem autuações.
Wink: Como funciona quando se trabalha com empresa ou cliente novo?
Rui: O papel primordial do contador é colocar a empresa no regime tributário que melhor lhe convém, sempre de forma legal. Se tu opta por um sistema tributário, só pode mudar no ano seguinte. Então, a cada ano, ali por setembro, outubro, começamos a analisar todos os clientes, se eles estão no melhor regime tributário, e se podemos dar uma outra ideia, de qual é o melhor modelo para ele.
Wink: Quais as principais queixas do dia a dia?
Rodrigo: “Estou pagando muito imposto”. Essa é a principal. A carga tributária, dependendo do setor, é muito alta.
Wink: Quais os indicadores fundamentais que o empresário deve utilizar?
Rui: É ver se o negócio dele é rentável ou não. Isso é primordial. Tu vai abrir o teu negócio para ganhar dinheiro, gerar lucro. E a contabilidade, nesse sentido, é muito importante. O cliente deve ter em mente onde está ganhando e perdendo dinheiro, qual o produto que dá mais ou menos margem de lucro.