Presente com uma operação física em Lajeado desde 1998, a Florense, tradicional fábrica de móveis de alto padrão, já está no mercado da região desde 1995, quando o empresário André Damiani chegou ao Vale. Antes mesmo de inaugurar a unidade da cidade, ele sabia que seria em Lajeado que seus negócios prosperariam.
Natural de Antônio Prado, na Serra Gaúcha, Damiani é filho de comerciantes. Seus pais foram responsáveis por abrir a primeira loja de confecções da cidade. Esse ambiente de negócios colaborou para que aos 14 anos ele decidisse sair de casa para estudar. Primeiro, em um colégio interno em Bento Gonçalves. Depois, na PUCRS, em Porto Alegre, para cursar Administração. “Em algum momento da vida, as rupturas são necessárias. Passei no vestibular, arranjei emprego e ainda alugava o quarto para dividir custos”, lembra.
Damiani trabalhou na Assembleia Legislativa, mas, como ele próprio definiu, seu negócio era ser administrador de empresas, não de agendas. Assim, conseguiu uma vaga de trabalho numa loja de móveis onde atuava pela comissão. Pouco depois, a operação foi fechada, mas ele foi convidado a integrar o quadro de outra unidade. Foi quando seu talento para vendas deixou claro o caminho a trilhar. “Depois de um pequeno desentendimento sobre comissões, fui convidado para ser sócio. Tinha vontade, mas não dinheiro. Foi meu pai que me emprestou, depois de vender o carro da família”, conta emocionado.
Em 1994, dois anos depois de empreender, Damiani recebeu o convite para ser franqueado da Florense, que ele já conhecia de longa data, da memória de quando passava na frente da fábrica na adolescência a experiência em comercializar os produtos na loja que liderou. A decisão foi de abrir a operação em Santa Cruz do Sul por orientação da Florense, o que aconteceu em maio de 1995, mas seus olhos e o coração já estavam inclinados para Lajeado. “Fui às duas prefeituras para avaliar o antigo guia do IBGE. Preferi ficar aqui, que sei com quem falo”, conta.
A jornada de crescimento da Florense em Lajeado coincide com a evolução dos negócios na cidade e, principalmente, com a compreensão dos consumidores da excelência do que era entregue pela marca. “Desde 1998, eu levo arquitetos e consumidores para conhecer a fábrica a fim das pessoas compreenderem o que é alta marcenaria. E, depois de todo esse tempo, temos conseguido mostrar que investir na qualidade da experiência que você tem na sua casa é tão importante quanto o carro que você anda, por exemplo”, conclui Damiani, que, com sua história, ilustra a identidade empreendedora de Lajeado.
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