Uma das coisas muito boas de pesquisar mais a fundo os empreendimentos e carreiras profissionais bem sucedidas é perceber quantas começaram a jornada do nada, contando com a cara e a coragem, mas com firmes alicerces na honestidade de propósitos e no caráter, que vem de berço.
Quanta coisa boa ao longo do tempo surgiu e se criou aqui, alí e acolá, por iniciativa de gente que entrou na parada com uma mão na frente e outra atrás, vindo de alguma pirambeira dos morros e de outras querências.
Belas e respeitáveis histórias pra contar e aprender com elas. Me faz lembrar a música tradicionalista Demandada, pelo que sei de autoria do Luiz Martino Coronel e Marco Aurélio Vasconcellos: “na voz de vamo se fumo, levando tudo que tinha…se se olhasse para trás eu acho até que nem se vinha.”
Sempre tocando em frente, os caminhos se fazem ao andar.
A força do Vale
Dizem as estatísticas que pelo menos 80% da população regional valedotaquariense tem conexões diretas ou indiretas com o sistema cooperativista. A maior concentração do estado e talvez do país.
Ligando meu Achômetro de precisão eu até imagino que passa muito disso. De um jeito ou de outro creio que 100% da população regional cruza com o sistema todo o santo dia, ou uma vez por mês.
Exemplos não faltam: no sistema bancário temos os três tradicionais Sicredis (Teutônia, Encantado e Lajeado) e agora mais o Sicoob. Na eletrificação rural e também urbana, em função do crescimento das cidades, temos a Certel, Certaja e Cerfox. Na saúde tem Unimed e Uniodonto. No transporte, a Vale-Log. Na produção rural/industrial tem Dália e Languiru. Se esqueci alguma, peço perdão ao padre Amstad.
Cooperativismo na minha humilde opinião é fruto direto do sempre saudável espírito associativista/comunitário, e nele devem ser incluídas também muitas outras instituições e entidades regionais. Valorosas instituições de ensino algumas até centenárias, centros de saúde de referência, associações rurais, e inclusive algumas heranças de empreendimentos passados que alavancaram muito a roda da economia regional no passado e que hoje seguem rendendo muito bons frutos em outras também respeitáveis mãos.
O boi corneta
Pra quem não conhece a expressão campeira, eu explico: é um boi com as guampas tortas que geram muita confusão e pouca solução para o rebanho.
É meio injusto para muitos bois de guampas tortas, porque a maioria não é do tipo “corneta”. Por analogia, a expressão saiu dos potreiros rurais e veio para a vida pública das cidades.
Define o sujeito que costuma ser contra tudo e contra todos, e no final das contas até contra ele mesmo. Especialista em criticar o que outros fazem, sem jamais ter participado de nada e sem qualquer proposta ou compromisso de fazer melhor. Acho uma triste posição, mas cada um escolhe seu caminho, e que seja feliz. Destruir uma construção é fácil, qualquer escavadeira hidráulica faz isso em poucas horas. Construir é bem mais difícil.
Anúncios desclassificados
Troco pesquisas eleitorais encomendadas por figurinhas do álbum da Copa do Mundo. Pago a diferença.
SAIDEIRA
Papo de cumpadres na roda de chimarrão no fim de tarde:
– Pra ser sincero, eu hoje trabalhei mais devagar que bicho preguiça com artrite…
– E eu também, tava com mais preguiça do que o cara que desenhou a bandeira do Japão…