Quem foi sua inspiração para ingressar no Corpo de Bombeiros?
Comecei minha vida profissional como engraxate e depois açougueiro. O ingresso na corporação partiu de incentivo do meu sogro. Ele era militar e naquela época os bombeiros e policiais integravam a mesma estrutura. Me formei soldado em 1974 e após processo de qualificação me tornei 3° sargento antes de assumir a Seção de Combate a Incêndio em Estrela. Nessa função permaneci entre agosto de 1978 a fevereiro de 1987. Época em que a corporação atendia 42 cidades da região.
Como foi assumir o comando dos bombeiros em Estrela?
Foi um verdadeiro desafio, não sabia se estava preparado para tal. Mas de fato com o tempo adquiri a experiência e sempre com muito estudo para superar as dificuldades. Ainda em 1978 passei para 2° sargento e em 1994 fui promovido a primeiro-sargento. Nesse meio tempo também conclui a graduação em Direito e fiz parte do corpo docente da escola de bombeiros e sargentos de Porto Alegre.
Quais são as lembranças desse trabalho na região e qual é o sentimento?
A corporação em Estrela sempre foi muito ativa. Proporcionava momentos exitosos com o salvamento de vidas, mas, ao mesmo tempo, o impacto das tragédias quando se chegava ao local e não havia mais o que fazer. Naquela época, a BR-386 não era duplicada e foram muitos os atendimentos com vítimas no trânsito. Por outro lado, integrar o grupo de instrutores para formação de soldados também foi um momento de satisfação. Hoje, muitos dos profissionais da ativa quando me encontram prestam continência e reconhecem a relevância do trabalho prestado.
Em que momento decidiu cursar Direito e abrir seu escritório de advocacia?
Conclui a graduação em 1987 quando tinha 34 anos. Por estar no efetivo militar não podia exercer a função de advogado. Comecei a trabalhar nessa área quando ingressei na reserva, em 2000, cinco anos depois de ter sido elevado ao posto de primeiro-tenente. Foi neste momento que decidi abrir o escritório e me dedicar ao Direito. Com a experiência na área ingressei no quadro da OAB/RS da subseção de Estrela, onde ocupo hoje a vice-presidência.
O que representa receber o título de Cidadão Estrelense?
Estou muito feliz por essa indicação e o carinho com que todos acolheram nossa família. Sempre tive uma vida muito ligada à corporação e dedicada à comunidade de Estrela. Toda essa trajetória e reconhecimento me fazem querer ficar nesta cidade que é um lugar muito bom de viver.