Risco de seca eleva protagonismo para a safrinha

Opinião

Felipe Neitzke

Felipe Neitzke

Coluna aborda os destaques relacionados ao agronegócio

Risco de seca eleva protagonismo para a safrinha

A segunda safra de milho não é reconhecida pelo zoneamento climático no RS, mas tem feito a diferença na produção e no bolso do produtor. No ciclo passado, por conta da estiagem entre outubro e janeiro, a safrinha virou “safrão” e garantiu o alimento do gado leiteiro do Vale e o retorno financeiro na venda de grãos.

Agora, em paralelo ao desenvolvimento da primeira safra, o produtor segue atento à previsão do tempo. O risco de chuva abaixo da média eleva o temor por impactos no ciclo do verão. Embora não se perceba maiores investimentos em reserva de água e irrigação, houve maior procura por crédito rural com seguro.

Essa contratação de garantia às lavouras cresceu 35% em relação ao ciclo passado. Os dados são parciais de cooperativas de crédito da região. A preocupação com o desempenho da safra a partir das condições do tempo é evidente. O mesmo se constata em nível nacional, onde a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que a safrinha terá participação importante na produção de grãos.

Diante das mudanças nas condições climáticas, parece prudente a revisão no zoneamento. Esse instrumento técnico-científico é um balizador de políticas públicas e reflete também na possibilidade de acessar o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), hoje disponível no RS apenas na primeira safra. Esse pedido chegou a ser feito pelo Estado em 2020, mas não houve avanços.

FOTOS divulgação


Receita da exportação de frangos cresce 13,6%

Um dos principais produtos do agro industrializados na região registra desempenho animador com as exportações. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam que o valor gerado pelas vendas internacionais cresceu 13,6% em setembro frente ao mesmo período de 2021 e chega a 730,5 milhões de dólares.

Já em relação aos embarques, foram 400 mil toneladas, volume 4,4% menor que o efetivado em setembro do ano passado. No ano, as exportações do setor totalizaram 3,666 milhões de toneladas, volume 5,8% superior ao acumulado entre janeiro e setembro de 2021, com 3,466 mil toneladas. Em receita, a alta alcança 31,1%, com 7,373 bilhões de dólares nos nove primeiros meses deste ano.

Principais destinos

– Emirados Árabes Unidos
– Filipinas
– União Europeia
– Coreia do Sul
– México


Embrapa debate uso de tecnologia na suinocultura

Lajeado recebeu na terça-feira, 11, evento da Embrapa Aves e Suínos, sobre a destinação de animais mortos. O workshop contou com 80 participantes, entre criadores, técnicos e líderes regionais ligados ao setor produtivo.

A intenção da atividade foi orientar os participantes quanto aos procedimentos operacionais recomendados para a correta destinação das carcaças. Conforme debatido, os produtos gerados no processo de transformação dos animais descartados podem ser usados como insumos na indústria química, energética, de adubo, biodiesel, higiene e limpeza.


Colheita de citros e manejo das plantas

As condições do tempo favorecem a maturação de variedades tardias e geram boas perspectivas para a safra 2023. Com temperatura amena há redução do risco de doenças e contribui no manejo da vegetação de cobertura nos pomares. A constatação é de técnicos da Emater-RS/Ascar e integram o boletim semanal do instituto.

O relatório indica que quase todas as variedades de bergamota já foram colhidas, com exceção da variedade tardia Montenegrina e do tangor Murcott. O preço pago se estabilizou na média de R$ 50 por caixa de 25 quilos. Com relação às laranjas, somente as de ciclo tardio estão sendo colhidas e vendidas. Os citricultores estão em plena colheita da Valência, a principal laranja cultivada na região e vendida ao preço médio de R$ 27 por caixa.

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