O Vale do Taquari se mantém no topo da suinocultura gaúcha com 1,9 milhão de animais abatidos ao ano, conforme a Acsurs. Isso representa cerca de 20% do fornecimento total do RS. Ao mesmo tempo em que é uma atividade econômica de expressão, permanecem desafios ao setor sem uma solução a curto prazo.
A maior dificuldade esta relacionada à destinação dos dejetos e carcaças. Mesmo com a regulação das indústrias e instituições de fiscalização, o tema ainda se mostra complexo. Alguns produtores até vão além das determinações básicas e investem em sistemas para gerar adubo orgânico, uma das formas de transformar um passivo ambiental em ativo econômico.
Em nível regional o debate é antigo, mas ainda não saiu do papel. A geração de biogás e energia a partir desses dejetos é algo avaliado. Essa temática inclusive é uma das propostas do Vale para a Consulta Popular 2022. O projeto em parceria com a Univates disputa a destinação de R$ 1,5 milhão.
Para ampliar esse debate, a Embrapa Suínos e Aves em parceria com a universidade do Vale também propõe atividade em Lajeado, na terça-feira, 11, das 13h30min às 17h30min. O conteúdo técnico está divido em quatro palestras, que abordam desde o problema dos animais na propriedade, passando pelas principais rotas tecnológicas e a questão de sanidade, com análise de riscos. O objetivo dos eventos é apresentar soluções para a destinação de animais mortos não abatidos.
Evento debate produção segura de alimentos
Agrobiodiversidade como ferramenta para a soberania e segurança alimentar e nutricional. Promover o debate sobre este tema é o propósito de evento que ocorre hoje no auditório do prédio 11, da Univates, em Lajeado. A programação chega à 3ª edição e contempla palestras, relatos de experiências e identificação de desafios e potencialidades nos sistemas produtivos locais. A atividade é organizada pela Emater/RS-Ascar, Univates e Articulação em Agroecologia do Vale do Taquari (AAVT).
Entre as oficinas, se destacam assuntos como saberes e práticas dos povos indígenas, inclusão de plantas alimentícias não convencionais, flores na alimentação, benefícios e aplicabilidade da compostagem, entre outras temáticas. Na ocasião também haverá troca-troca de mudas e sementes crioulas e lanche comunitário.
Chuva que vale dinheiro
A previsão de chuva abaixo da média entre outubro e dezembro deixa os produtores apreensivos em relação ao desempenho da safra de verão. Por outro lado, a precipitação de ontem traz alívio momentâneo, em especial aos que acompanham o desenvolvimento das lavouras de milho na região. Essa chuva também foi essencial para manter a umidade do solo às vésperas do plantio da soja.
O vazio sanitário no RS encerra na segunda-feira, 10, a partir de então está liberada a semeadura. Diante das projeções de oportunidades no mercado internacional e demanda interna, a área cultivada deve aumentar. No Vale do Taquari, o plantio de soja terá incremento de 5%, de acordo com dados da Emater/RS-Ascar. A área ocupada passa de 22,6 mil para 23,8 mil hectares.
Aberta a colheita
A produção gaúcha da folha verde de erva-mate deve alcançar 320 mil toneladas neste ciclo. A atividade envolve 14 mil produtores em cinco polos ervateiros, sendo o Alto Taquari um dos principais, responsável por 60% desse volume total, conforme dados da Emater. Para marcar o início da colheita deste ano, associações e indústrias do setor promoveram evento especial em Venâncio Aires, a Capital Nacional do Chimarrão.
Agro em Pauta
No programa Agro em Pauta desta segunda-feira, 10, participa o diretor de mercado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua. Ele fala sobre o recorde de exportação de carne de frango e suína no mês passado. Dois segmentos do agro de expressão no Vale. A atração vai ao ar às 11h, pela Rádio A Hora 102,9 e nas plataformas digitais do grupo. Não perca!