Como te envolveste de forma mais ampla com as eleições?
A minha primeira convocação para ser mesária se deu assim que eu comecei a votar, ainda na adolescência. No início, antes de formar família, passava o dia com o meu marido nas seções. Conversava bastante com o povo. Quando tive meus três filhos, todos com pouca diferença de idade, solicitei à Justiça Eleitoral para não mais participar. No entanto, fiz questão de me voluntariar quando eles cresceram. Neste ano, serei presidente de Mesa pela primeira vez.
O que te motivou a ser mesária e a tua visão sobre esse trabalho?
No dia das eleições, vou atuar na Escola Estadual de Ensino Fundamental São João Bosco, no Bairro Conservas, aqui em Lajeado. É bastante movimentada, agitada. Acredito que ser mesária é um ato de valorização do processo eleitoral. Me sinto na obrigação sem ser obrigada. O momento é de extrema importância para cada brasileiro. Além disso, gosto de muvuca, de rever as pessoas, de estar inserida no maior movimento político. Claro, tem os benefícios como as compensações de horas trabalhadas. Então, isso se torna conveniente!
Quais são as atribuições de um presidente de Mesa?
O presidente de Mesa tem muitas responsabilidades e neste ano a atenção será ainda maior pela questão do celular, por exemplo. É a maior autoridade dentro da seção e os diversos compromissos começam bem antes da votação. Nós organizamos os ambientes, todos os materiais que foram enviados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), urnas, relatórios, além de zelarmos pelo bom atendimento ao eleitor. Ao mesmo tempo, é fundamental agilizar o processo para garantir a todos o exercício da cidadania. Compromisso com os trâmites finais e entrega do material ao Cartório Eleitoral. Fico ansiosa até a finalização do processo, pois podem acontecer coisas inusitadas! Espero realmente que seja tranquilo, que as pessoas mantenham o equilíbrio e o respeito nas decisões tomadas.
Lembras de algum caso curioso ou marcante nas tuas participações?
Algo marcante não! Mas o trivial de toda a eleição, tais como pessoas alcoolizadas ou que garantem votar naquela seção, mesmo sem o nome na lista. Também há casos de eleitores que saem sem concluir a votação porque não souberam mexer na urna. Outros trazem lanches. E por aí vai…