Geração de emprego desacelera no Vale em agosto, diz Caged

Dados do Caged

Geração de emprego desacelera no Vale em agosto, diz Caged

Região criou 232 postos de trabalho com carteira assinada no mês passado. Para próximos meses, empregos temporários no comércio indicam continuidade de saldo positivo

Geração de emprego desacelera no Vale em agosto, diz Caged
Vale do Taquari

O Vale do Taquari permanece com mais contratações do que demissões. Em todos os meses deste ano, os dados apresentados pelo Caged mostram que o saldo foi positivo na contagem dos dados de 38 cidades.

Em agosto, a região criou 232 postos com carteira assinada. Na comparação com julho, houve uma desaceleração. Naquele mês, o resultado foi um dos melhores do ano, com 644 vagas criadas. O recorde foi em fevereiro, com 1.248 de saldo.

Conforme o presidente da Câmara da Indústria e Comércio do Vale (CIC-VT), Ivandro Rosa, o mercado de trabalho passou por uma estabilização e esse desempenho um pouco menor é normal. “A indústria gerou muito emprego nos meses anteriores. Agora estabilizou.”

No mês passado, a região teve 14 municípios com saldo negativo. Bom Retiro do Sul e Estrela foram as cidades que mais fecharam postos, ambas com -25. Na outra ponta, quem mais contratou foram Lajeado e Teutônia (saldo 67).

Quando se avalia o recorte de 2022, de janeiro a agosto, o Vale do Taquari acumula 4.832 postos de trabalho formal criados. Com os ajustes apresentados ontem, o Vale tem como saldo nos últimos 12 meses 5.676 postos criados.

A vez do comércio

A proximidade do fim do ano traz oportunidades para trabalho no comércio. O varejo permanece com vagas em aberto e gerentes apontam dificuldades em fechar as equipes, especial no setor de vendas.

“Estamos com cinco vagas em aberto. Três para vendedores e não conseguimos preencher”, conta a gerente de uma loja no centro de Lajeado, Andréia da Costa. Com a proximidade do fim do ano, diz que será necessário dobrar o número de funcionários. “Recebemos currículos, marcamos as entrevistas e as pessoas não comparecem. Estamos escolhendo até sem experiência.”

Em outro estabelecimento, especializado em artigos esportivos, a situação é parecida. O gerente, Marcos Samuel Flach, ressalta que a necessidade é conseguir vendedores temporários para o fim do ano.

“Estamos em busca. De preferência com alguma experiência pois o tempo é curto para treinamento. Mas está difícil. O número de currículos que recebemos diminuiu”, frisa Flach.

De acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Lajeado (CDL), Aquiles Mallmann, o momento é de oportunidade para quem busca espaço no mercado de trabalho. “Em torno de 40% dos temporários são efetivados no comércio”, ressalta.

 

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