Como é bom ouvir as pessoas

Opinião

Fabiano Conte

Fabiano Conte

Jornalista e Radialista

Como é bom ouvir as pessoas

Minha atuação no jornalismo me limita a estar dentro dos estúdios de rádio e redação de jornal e com raro tempo de rua. Faço isso há anos. Com isto, nem sempre consigo ter contato com a essência da notícia, ou seja, as pessoas. Nosso diretor executivo do Grupo A Hora, Adair Weiss, tem uma definição interessante sobre: “notícia não sobe escada”.

Lembro com carinho do saudoso Lauro Müller, referência para minha geração, e seu jeito de receber e falar com as pessoas. “Se o povo falar, é porque tem alguma coisa acontecendo”, dizia ele. Não é por nada que locais de grande circulação de pessoas são sempre fontes de possíveis notícias. Barbearias, institutos, cafés, bares, taxistas e por aí vai. Estão sempre “bem informados”. É só saber separar as fofocas.

Crédito: Divulgação


A voz do povo

Estive em uma agência do Sicredi Lajeado nesta semana e lá encontrei conhecidos. Um eleitor do presidente Bolsonaro quis me convencer de que ele virou a eleição e pode “até ganhar no primeiro turno”. Apresentou dados, a chamada pesquisa de multidões, referindo-se às grandes manifestações do atual presidente.

Compartilha o mesmo pensando sobre a corrida ao governo gaúcho, dizendo que Onyx supera Leite no segundo turno. Outro eleitor me disse que na casa dele e entre seus amigos, a impressão é de vitória para Leite no RS e Lula como presidente. Mas acredita em segundo turno nos dois níveis. Numa terceira abordagem, uma eleitora pediu sugestão de voto para deputado.

“Tem tanto candidato que nem sei quem escolher”. Sugeri escolher entre os do Vale do Taquari para termos proximidade na hora da cobrança. Não sei quem está certo e o que ocorrerá após a eleição. Só sei que conversar com as pessoas nos dá a possibilidade de sair da “bolha” de convívio e experimentar novas ideias.


Tendência

As pesquisas publicadas pelo Jornal e Rádio A Hora nesta semana mostram uma tendência do perfil eleitoral do Vale do Taquari, com viés conservador e alinhado com candidatos da direita. Se a pesquisa for confirmada nas urnas, os mais votados na região serão Bolsonaro, Onyx e Mourão.


Alto custo

Conforme dados divulgados nesta semana, o STF custa mais do que a família real britânica. A Coroa gasta em torno de R$ 600 milhões ano e o Supremo nos custa R$ 850 milhões ao ano. Tirem suas conclusões.


O debate

Existia muita expectativa para o debate da noite da quinta-feira entre os presidenciáveis. O último antes da eleição em primeiro turno. Não acredito que ele possa influenciar na mudança significativa de votos no primeiro turno. Agora, um debate no segundo turno pode até mudar o rumo de uma eleição, ainda mais se a diferença entre os concorrentes for pequena. A maioria da população trabalhadora do Brasil, a que decide a eleição, dorme cedo porque precisa acordar antes do sol aparecer para ir ao trabalho. Esta não consegue ficar até tarde na frente da TV vendo desaforos.

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