Faltam três dias para o aguardado pleito. Em 72 horas, milhões de brasileiros vão às urnas para reverenciar a democracia nacional. A disputa envolve candidatos a presidente, senador, governador, deputado federal e estadual. Serão milhares de vencedores e vencidos. Haverá celebrações e decepções nas mais diversas regiões deste país continental, e a possibilidade de conflitos ideológicos mais ásperos é real.
Portanto, nunca é demais citar a importância de mantermos a civilidade neste momento tão crucial. É preciso saber perder. E é preciso saber ganhar. Respeitar o concorrente e entender o posicionamento do outro são chaves fundamentais para seguirmos em harmonia dentro da mesma sociedade. E que assim seja!
Plenário ou palanque?
A cena do vereador Mozart Lopes (PP) vestido com a camiseta da seleção brasileira no plenário da câmara de Lajeado criou um ruído desnecessário. Não satisfeito com o desconforto criado entre os pares, o líder de governo usou o microfone (e por consequência a plataforma de divulgação pública da sessão) para se manifestar duramente contra o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Desta forma, ele utilizou a máquina pública de forma inadequada. Uma sucessão de fatos que será avaliada pelos colegas. E não deve dar em nada. Afinal, ele não foi o primeiro e tampouco será o último a atacar (direta ou indiretamente) candidatos durante uma sessão.
Vida longa à academia
Na noite de terça-feira, participei de um painel sobre os 100 anos do rádio no Brasil, promovido pela Universidade do Vale do Taquari (Univates). A atividade integra a programação da Semana Acadêmica da Economia Criativa (cursos de Jornalismo, Fotografia e Publicidade e Propaganda), e também contou com a presença dos colegas jornalistas Marcelo Petter e Nicolas Horn.
Foi um momento interessante e de reaproximação com a academia. Mais do que nunca, é preciso entender os anseios de quem busca entrar no mercado de trabalho, e dividir a expectativa de quem já está neste mercado. E nada melhor do que a nossa academia para fomentar este meio de campo.
Bolsonaro e o Vale
A terceira e última pesquisa divulgada pelo Grupo A Hora antes do pleito deste domingo consolida a liderança de Jair Bolsonaro (PL) no Vale do Taquari. Nada que surpreenda o eleitorado local. Afinal, o atual presidente atingiu consideráveis índices na eleição de 2018, e já havia se destacado à frente do seu principal adversário nas duas primeiras pesquisas encomendas junto ao Instituto Methodus. Lembrando que essa é uma pesquisa regional. Em âmbito nacional, a realidade é outra.
Valorize os candidatos locais
O Vale do Taquari passou em branco na eleição geral passada. Com mais de 280 mil eleitores, não conquistamos uma cadeira sequer no parlamento gaúcho ou nacional. Uma posição vexatória para uma região tão próspera e de tamanho destaque na economia e na competividade estadual. A falta de união entre correligionários e o excesso de “rabo preso” com candidatos e políticos de fora estão entre as causas para o insucesso de 2018. E fica muito fácil perceber quem insiste nestes mesmos movimentos em 2022.
TIRO CURTO
• O debate sobre um possível aumento de 15 para 17 cadeiras no Legislativo de Lajeado segue vivo nos bastidores da câmara de vereadores. E vamos combinar, o que a principal cidade do Vale do Taquari menos precisa é onerar ainda mais os custos com a máquina pública.
• Ainda sobre a câmara de Lajeado, o vereador Carlos Ranzi (MDB) encaminhou o ofício à Associação dos Moradores do Bairro Montanha, questionando sobre o projeto de lei de origem legislativa e que dispõe sobre a criação do Bairro Jardim Botânico. Em resposta, a diretoria da associação afirma ser contrária à proposta, pois “alguns moradores serão diretamente afetados com a mudança”.
• De acordo com a coordenação regional do Partido dos Trabalhadores, há uma grande procura por bandeiras do partido, mas a oferta é baixa. Em Lajeado, por exemplo, são poucos os ambulantes que disponibilizam o material. E há quem suspeite de um suposto boicote armado por adversários políticos, que estariam pagando para “segurar” as vendas ao público em geral.
• Com ou sem boicote, o fato é que os correligionários do PT projetam um grande bandeiraço na sexta-feira, nas imediações do Posto Faleiro. Isso se o tempo permitir.
• Tudo indica que Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) devem compor o segundo turno na luta pelo Palácio Piratini. Apesar do recente crescimento nas pesquisas, Edegar Pretto (PT) dificilmente conseguirá virar o jogo nos últimos três dias de campanha. E, se confirmado o cenário, os petistas dificilmente apoiarão o ex-ministro de Jair Bolsonaro.
• Aliás, a cada novo embate, Lorenzoni e Leite demonstram uma imaturidade política invejável para os menos capacitados. E os recorrentes ataques não contribuem em nada ao debate.
• A proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2023 prevê uma receita de R$ 129,5 milhões para a cidade de Encantado. Os vereadores devem votar o projeto em outubro. Na segunda-feira, eles realizaram uma audiência pública no plenário da câmara.