Será que vamos despertar?

Opinião

Fabiano Conte

Fabiano Conte

Jornalista e Radialista

Será que vamos despertar?

O projeto “Pensar Eleições 2022 – Desperta, Vale do Taquari”, idealizado pelo Grupo A Hora, propiciou aos candidatos a deputado estadual e federal, radicados na região, participarem de debates nas últimas duas semanas. Dos 16 candidatos a deputado estadual, 13 participaram; e dos cinco a federal, quatro aproveitaram o espaço.

Tive a oportunidade de conduzir quatro encontros e acompanhei de perto o único que não apresentei. Me surpreendi com alguns e me decepcionei com outros. Mas afirmo, com segurança, temos pessoas preparadas para a função e, se eleitos, poderão nos representar bem. Não é de hoje que ouço de que não temos capacidade para eleger deputados. Não será por falta de nomes. Será que o 2 de outubro nos revelará gratas surpresas? Vamos, de fato, despertar?


Votos fora

É utópico pensar que nossos candidatos não buscarão votos fora do Vale do Taquari e que os de outras regiões não virão aqui em busca de eleitores. O que não podemos admitir é ter os mais votados de fora, sabendo das opções locais. Aposto na sensibilização local e uma demonstração de força nesta eleição. Nunca o bairrismo se fez tão necessário.


Lacuna

Partidos de esquerda falharam em não ter indicado nenhum candidato a deputado federal na região. Dos cinco concorrentes, radicados aqui, três se definem de direita e dois de centro. Felipe Diehl (PL) e Reginaldo Moraes (Republicanos) apoiam o presidente Bolsonaro; Ricardo Wagner (PTB), mesmo não sendo abertamente apoiador do atual presidente, defende os mesmos princípios; Enio Bacci (União Brasil) tem como candidata a presidente Soraya Thronicke; e Yê (MDB) apoia Simone Tebet. Lula ficou sem candidato a deputado federal que lhe apoie no Vale.


De fato

Um dito popular nunca foi tão verdadeiro como este no período em que vivemos: “pesquisa é como treino, só se descobre se deu certo depois do jogo de 2 de outubro”.



Para pensar

Independente de quem seja eleito, em qualquer esfera, o país real somos nós, que trabalhamos para sustentar a família. Não vamos escolher um salvador da Pátria. O único que fez milagre por nós morreu há mais de dois mil anos.


As canetas

Nos primeiros dias de reinado de Charles III, percebeu-se que as canetas tinteiros são suas maiores inimigas. Nunca usei uma caneta desta magnitude. Já me atrapalho com as mais simples, as Bic, por exemplo. As perco, risco mão, calça e rosto. Eu entendo o rei, lidar com caneta não é para qualquer um.

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