Semana Farroupilha impulsiona economia local e atrai turistas de fora do RS

MUÇUM

Semana Farroupilha impulsiona economia local e atrai turistas de fora do RS

Evento retorna após quatro anos e movimenta comércio e outros setores do município. Expectativa é de público superior a 50 mil pessoas no acampamento montado em frente a Praça da Matriz

Semana Farroupilha impulsiona economia local e atrai turistas de fora do RS
Estrutura do acampamento conta com mais de 100 piquetes. É o maior evento do gênero do Vale do Taquari. Crédito: Luis Gustavo Betinelli
Muçum

Turistas de diferentes cantos do RS e até de outros estados. Dezenas de atrações nativistas e culturais, gastronomia típica e mais de 100 piquetes participantes. A Semana Farroupilha de Muçum se destaca por variada programação, serve de inspiração para outros municípios e se consolida como uma das principais festividades tradicionalistas.

A 32ª edição, que iniciou no dia 9, encerra na próxima terça-feira, 20. Até lá, atividades como apresentações de escolas, invernadas artísticas e shows devem atrair milhares de pessoas ao Acampamento Farroupilha, estrutura montada em frente a Praça da Matriz, no Centro. A expectativa é de que até 50 mil pessoas participem da programação.

Coube ao prefeito Mateus Trojan, que assumiu o Executivo em 2021, o desafio de retomar a programação na cidade. “Em 2019, não houve por uma decisão da Administração, enquanto em 2020 e 2021, foi cancelada por conta da pandemia. Agora, tivemos a missão de resgatar essa tradição. A nossa Semana Farroupilha já foi considerada a segunda maior do RS, atrás apenas da de Porto Alegre”, comenta.

Investimentos

Um dos diferenciais da programação, segundo Trojan, é a diversidade e a integração. “Pessoas de todos os cantos se organizam para participar, até passar as férias. A viagem do ano para muitos é até Muçum, no acampamento”, frisa. Para receber os visitantes, o Executivo se responsabiliza pela construção do espaço do evento, organização geral e também auxilia na captação de recursos.

“Utilizamos a mão de obra do município, com funcionários a mais contratados no período. E a intenção é sempre que o acampamento se pague com a arrecadação dos participantes. Dessa forma, buscando parcerias e colaborações, conseguimos fazer o evento sem comprometer nossas finanças”, pontua o prefeito.

O investimento, por parte do município, ficava na casa dos R$ 200 mil. Neste ano, contudo, reduziu para R$ 70 mil. “Isso conseguimos através dos patrocinadores. E a qualidade do evento se mantém. É uma marca de Muçum, está previsto no calendário oficial do RS e tem toda uma representatividade”.

Da gincana ao  acampamento

O vice-prefeito e prefeito em exercício, Amarildo Baldasso lembra do surgimento da Semana Farroupilha de Muçum. No início, era um evento pequeno e mais focado no público interno. “Começou como uma gincana, uma confraternização de moradores. Eles que deram início a essa história”, recorda.
Foi a partir de 2000 que o evento começou a tomar proporções regionais e, posteriormente, estaduais. “Começou a crescer e passou a ser feito na rua coberta. A mudança maior ocorreu quando surgiu a LIC (Lei de Incentivo à Cultura). Acompanhei desde a primeira. É muito legal ver a alegria das pessoas com a retomada”, ressalta.

Vitrine

O coordenador de Cultura e Eventos do município, Ivan Rodrigues, ressalta que os preparativos da Semana Farroupilha iniciaram em abril, com a abertura de uma comissão. O grupo, formado por diferentes setores da sociedade, teve atuação decisiva para que o evento saísse do papel.
“Demandou muito trabalho, mas acredito que o evento já é um sucesso. Proporcionamos um grande espaço para o pessoal comercializar seus produtos. É uma grande vitrine de negócios para quem participa”, argumenta.

Outro diferencial é que a programação ocorre de forma simultânea aos passeios do Trem dos Vales, o que atrai também outros perfis de turistas. “Normalmente eles agendam para almoçar em restaurantes próximos e acabam entrando no acampamento, acompanham o nosso evento e compram produtos daqui”.

A expositora Dolores Cornelius dos Santos participa há três décadas do evento. E mostra alegria pelo retorno da programação. “Quando a barraca está pronta, viemos para cá aproveitar a estrutura. Herdei o culto à tradição gaúcha do meu pai, está no sangue”, afirma. A expositora participa de CTGs e faz parte da comissão organizadora do evento, dentro do setor cultural e artístico.

Shows nativistas com músicos de renome estadual atraem multidões à Semana Farroupilha. Crédito: Luis Gustavo Bettinelli

 

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