Pessoas que nasceram no açúcar. É assim que Nestor Heineck define a trajetória da sua família por trás da Docile, fábrica de doces e balas criada em Lajeado, no ano de 1991 e que se tornou a maior exportadora de doces do país. Criada por seus filhos Ricardo, Fernando e Alexandre Heineck, a empresa dá continuidade a uma tradição iniciada pelo pai de Nestor, o senhor Natalício, há mais de 85 anos.
Segundo Nestor, sua jornada com a fabricação de doces começou quando tinha cerca de 16 anos. O pai mantinha, então, uma pequena produção e, à noite, levava os doces para casa e todos colaboravam para ajudar a embrulhar as balas. “Embrulhávamos as balas uma por uma, tudo de forma manual. Com o tempo, evoluiu. Meu pai começou a contratar pessoas para fazer esse trabalho também durante o dia”, lembra.
Nesta época, Natalício fazia as entregas de bicicleta. De acordo com Nestor, o pai não tinha receios de desbravar, o que permitiu, aos poucos, conquistar novos mercados. “Tínhamos vendedores que levavam nossos produtos à cavalo. As balas eram vendidas enlatadas. Por isso, tínhamos que ser criativos e inovar para entregar um produto diferente”, explica.
O caminho de sucesso da família e a postura sempre otimista de Nestor acabaram por influenciar seus filhos. O patriarca lembra que evitava falar mal da indústria ou compartilhar os desafios mais complexos do mercado. O resultado disso foi o natural engajamento do trio, que investiu na abertura da empresa. Originalmente concebida como comércio de produtos alimentícios, mas sempre voltados à indústria de doces, a Docile acabou por se tornar uma referência nacional de inovação e qualidade.
Hoje, a Docile tem em seu portfólio mais de 250 itens divididos em sete categorias e conta com dois parques fabris – Lajeado (RS) e Vitória de Santo Antão (PE) – que possuem uma área construída de 33,5 mil metros quadrados e produzem mais de 2,6 milhões de quilos de guloseimas por mês. Essa produção atende todo o mercado brasileiro e é exportada para mais de 50 países.
“Assim, surgiu a Docile, que hoje já representa uma evolução que traz muito orgulho, especialmente pra mim. Olho para trás e vejo que a vida foi uma doçura”, conclui Nestor.
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