Quando o eleitor brasileiro olha as opções dos concorrentes políticos, normalmente não dá muita importância para os vices nas chapas. Mas as disputas eleitorais nacionais, estaduais e municipais mostram que seria muito bom prestar atenção no vice. No total, foram oito os vice-presidentes que assumiram o governo no Brasil desde a Proclamação da República, em 1889. Os motivos para cada um desses casos são diversos.
O candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro é o general Braga Netto. General do Exército, Walter Braga Netto foi ministro da Casa Civil em 2020 e ministro da Defesa, em 2021, no próprio governo Bolsonaro. O vice de Lula é Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB e se filiou ao PSB em março deste ano para integrar a chapa lulista.
Alckmin já foi quatro vezes governador de São Paulo, vice-governador, deputado federal e disputou a presidência da República em 2006 e 2018. Um deles será nosso vice-presidente. Mesmo sendo praxe afirmar que vice é figura decorativa, sabe-se da sua importância e a necessidade de análise do perfil de cada um deles. Nunca se sabe como será o amanhã. Vale pesquisar os de outros presidenciáveis e os candidatos a vice do governo gaúcho.
Gauchês em alta
Praticamente todas as cidades do Vale do Taquari realizam nesta semana programação voltada ao tradicionalismo. Desde atividades restritas ao CTG da cidade até a uma programação mais robusta e intensa durante uma semana. Movimenta a economia e mexe com a vaidade e o bairrismo dos gaúchos. Afinal, temos ou não orgulho de ser do Sul?
Eu não uso roupa especial, não danço e nem frequento CTGs. Mas vivo este sentimento de igual forma. Não somos, há tempo, o melhor estado em índices de qualidade de vida. Estamos em sexto no IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), ou seja, com muitos avanços a conquistar. Mas o simples fato de dizer que é daqui já no faz estufar o peito.
Até isto?
Até pesquisa para saber quais mulheres dos candidatos são mais conhecidas entre os eleitores. Segundo o PoderData, Michelle Bolsonaro tem 53% e Janja de Lula 28%. Eita. Já sei, quem governará será Bolsonaro ou Lula, mas quem mandará neles, será Michelle ou Janja. Só pode.
Sinuca de bico
Prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, vive uma sinuca de bico nesta eleição. Já escrevi aqui sobre o “apoio” à candidatura de Eduardo Leite, que é do PSDB, em detrimento a candidatura de Luís Carlos Heinze, do PP, seu partido. Na verdade ele apoia os dois. Para Caumo, se votar em um deles, tá bom.
Maior saia justa passa pelas candidaturas a deputado estadual. Caumo torce pelo sucesso de duas, da sua vice Gláucia Schumacher (PP) e de Douglas Sandri (Novo), que já foi secretário municipal, coordenou as campanhas municipais e é amigo do prefeito. Então, não se surpreenda se Caumo aparecer ao lado dos dois. E sem precisar dar muitas explicações.
Falta de interesse
Não dá para culpar os governos pela redução no número de vacinados em doenças rotineiras, como a tríplice. Desde 2012 a Organização Mundial da Saúde vem alertando diariamente os países deste fato. Então, não é só o Brasil. A falta de interesse é geral e a culpa dos pais ou responsáveis. Os governos oferecem vacina. Só falta ter que ir de casa em casa.