Teve continuidade ontem, 12, o ciclo de debates com os candidatos do Vale do Taquari à Assembleia Legislativa. Com trajetórias distintas na política, sobretudo experiências legislativas, Djalmo da Rosa (PSD), Rodrigo Conte (PSB) e Ubirajara Marques (Podemos) almejam representar a região no parlamento gaúcho.
A iniciativa integra o projeto “Pensar Eleições 2022 – Desperta Vale do Taquari”, desenvolvido pelo Grupo A Hora em parceria com a Univates. A estratégia visa conscientizar o eleitor sobre a importância da região em retomar o protagonismo e eleger deputados identificados com as demandas regionais.
Assim como os encontros anteriores, a edição de ontem foi estruturada em cinco blocos. No primeiro e terceiro, os três responderam a uma mesma pergunta, que é padrão em todos os debates. No segundo e quarto blocos, eles perguntaram entre si. Os enfrentamentos tiveram assuntos sorteados e também com tema livre. No final, houve espaço para as considerações finais.
Trajetória
Rosa já foi vereador em Lajeado por um mandato (2013-2016). Presidiu o Legislativo em 2014. Nos demais pleitos, ficou como suplente. Conte conquistou a primeira suplência do PSB em Lajeado no pleito de 2020. Chegou a assumir o mandato por três meses. Marques foi vereador por cinco mandatos em Cruzeiro do Sul. Também foi secretário do Trabalho e Assistência Social.
Privatização de estatais
Em uma discussão sobre privatizações, Rosa se mostrou favorável à venda do Banrisul, único banco público do RS na atualidade, e fez críticas ao serviço público. “Se privatizarmos, o Estado vai andar, que nem as empresas. Hoje, alguns funcionários chegam a hora que querem, botam atestado e não são demitidos”, comenta.
Conte não se opôs à venda das empresas públicas, mas mostrou receio com a fiscalização de futuras concessionárias caso as privatizações avancem. “Temos o péssimo exemplo do atendimento da RGE aqui em Lajeado. Minha preocupação é essa, de como será a eficiência desse trabalho”, pontua.
Já na temática da educação, ambos concordaram sobre a necessidade de valorização dos professores. “Infelizmente é uma profissão que será escassa daqui dez anos. E nós precisamos discutir isso na Assembleia”, cita Conte. “Tomara que um de nós se eleja para brigar pela classe”, frisa Rosa.
Qualificação da mão de obra
Quando os candidatos puderam escolher os temas das perguntas, Marques foi questionado sobre o que pensa em relação a qualificação da mão de obra na região, com a dificuldade das empresas em preencherem vagas. Para ele, é necessário parcerias com o Estado para viabilizar cursos profissionalizantes.
“As empresas sofrem hoje. Os jovens poderiam estar em cursos, treinando para conseguir o primeiro emprego. Mas hoje está abandonado. O único curso, que é gratuito, é o banditismo, e é o Estado que empurra eles. Nós temos que procurar dar algum amparo, trazer mais cursos. Coisas para o pobre, ou para quem precisa, você não vê”, salienta.