Um dos assuntos mais abordados nos últimos tempos é a bandeira nacional. Sim, ela mesma, com suas cores verde, amarelo, azul e branco, com as estrelas significando os estados e aquelas palavras no centro: “ordem e progresso”.
De acordo com o artigo 13 da Constituição Federal de 1988, a bandeira é um dos símbolos da República Federativa do Brasil. As bandeiras nacionais representam as Nações. Sempre foi assim. Lembro de meu tempo de criança em que adorava olhar o atlas na biblioteca e descobrir os desenhos e cores das bandeiras dos países.
Até hoje, amo observar as diversas matizes e pesquisar as peculiaridades de cada povo. Se a bandeira é um dos símbolos do país, ela é de todas as brasileiras e de todos os brasileiros. É nossa para usar, mas sem abusar.
Por óbvio, a bandeira nacional não pertence a um partido político e, muito menos, a um candidato. Usar em campanhas eleitorais, todavia, é um direito garantido a eleitores e candidatos. Não se pode achar estranho que algum partido ou federação a utilize, visto que é de todos.
Por outro lado, sequestrar a bandeira brasileira para fins eleitorais, como se só o seu espectro político fosse digno da bandeira, é um abuso. Por quê? Oras, quando um bem é coletivo, não podemos agir como se fôssemos os únicos donos.
Contrariando o próprio lema da nossa bandeira, há algo muito fora da ordem quando pessoas são xingadas porque estão usando a bandeira do Brasil e não a de seu partido, ou quando cidadãos declaram que não usam mais a bandeira brasileira para não serem identificados com determinada corrente ideológica e partidária.
Como vivemos numa democracia, não sermos livres para utilizar de forma respeitosa a bandeira é um grande perigo. E é tão fora da ordem democrática como a proibição do uso de determinada cor, como fez a chefe de minha amiga: “tu não podes usar touca vermelha aqui na empresa porque não ‘pega bem’.”
Assim como não posso citar nomes das envolvidas no episódio acima narrado porque a minha liberdade de expressão tem limite, e a sua também, não podemos abusar de nosso direito de utilizar a bandeira, pois nem tudo é permitido numa sociedade civilizada.
Tenho esperança de que esse ciclo de desrespeito e de ódio pela diferença termine e que possamos nos ver de novo como pessoas com ideias diferentes, mas nunca como inimigas.
Por fim, que a bandeira e nossos demais símbolos sejam motivo de união e que representem, verdadeiramente, o nosso amor pela Pátria!