Mais resultados e menos conflitos num dos estados mais polarizados do país. Esta foi a tônica da apresentação do ex-governador Eduardo Leite (PSDB) em reunião-almoço nessa terça-feira, 6, pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). Ele foi o terceiro candidato a governador a participar da série de encontros promovidos pela entidade.
Leite renunciou ao governo gaúcho em março, durante especulações sobre uma possível candidatura à presidência, mas decidiu disputar um novo mandato no RS. Alvo de adversários em sabatinas anteriores, defendeu ações executadas e elencou prioridades para uma eventual segunda gestão, com foco na educação, saúde, combate à pobreza, apoio ao setor primário e inovação.
O ciclo de reformas e as privatizações foram exaltadas por Leite. Segundo ele, possibilitaram a retomada da capacidade de investimentos do RS, que estava atrasado em relação aos estados vizinhos. “Eles executaram ainda nos anos 90 as reformas que fizemos agora. Dobramos nossa capacidade, mas ainda é metade do que o Paraná investe, por exemplo”, comenta.
Como resultado destas ações, Leite cita o superavit primário alcançado em 2021. “Não tem dinheiro novo que resolveu os nossos problemas. Foram as reformas”, afirma. A receita para os próximos anos, define, é “manter a disciplina fiscal e não ceder ao populismo”. Ainda, se defendeu das críticas de opositores à adesão ao regime de recuperação fiscal.
Concessões e pandemia
Durante a palestra, Leite também abordou o plano de concessão das rodovias estaduais, alvo de críticas de líderes regionais e reconhece ser difícil chegar a uma “convergência absoluta”.
Lembra que, somente no bloco 2, os investimentos previstos giram em torno de R$ 1 bilhão. “É 10 vezes superior ao valor que o Estado consegue investir por ano em todas as estradas gaúchas”, cita.
Outro ponto que gerou controvérsia em setores da sociedade foi a gestão da pandemia por parte do Executivo estadual. “Não acertamos sempre, mas adotamos um sistema robusto sem paralelo no Brasil. Tivemos o segundo menor excesso de óbitos no país. Liderar este enfrentamento garantiu que o RS não sofresse ainda mais economicamente”.
Trajetória
Natural de Pelotas, Eduardo Leite tem 37 anos e busca o segundo mandato como governador, após vencer a disputa no segundo turno em 2018. Também foi vereador, secretário municipal e o prefeito mais jovem da história da sua cidade de origem, eleito aos 27 anos, em 2012.
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