Nos bastidores de um debate histórico

Opinião

Fabiano Conte

Fabiano Conte

Jornalista e Radialista

Nos bastidores de um debate histórico

O dia 1º de setembro de 2022 foi histórico para os Vales do Taquari e Rio Pardo. Nunca a região havia recebido, em um mesmo dia, tão expressivo número de postulantes ao cargo de governador.

Dos oito candidatos com representação no Congresso Nacional, apenas Onyx Lorenzoni (PL) não marcou presença, alegando agenda anteriormente marcada. Lá estavam Edegar Pretto (PT), Eduardo Leite (PSDB), Ricardo Jobim (Novo), Vieira da Cunha (PDT), Luis Carlos Heinze (Progressistas), Roberto Argenta (PSC) e Vicente Bogo (PSB).

Para quem foi ao Teatro da Univates ou acompanhou pelas rádios A Hora e Terra FM ou pelas plataformas digitais do Grupo A Hora e da Folha do Mate, tudo saiu conforme o planejado. Durante mais de duas horas, os candidatos tiveram a oportunidade de reafirmar projetos e estratégias para atendimento das demandas das regiões. Está documentado. Teremos como cobrar do eleito depois. A cidadania agradece.

Caco Marin


Tensão e estratégias até a última hora

A decisão de fazer o debate surgiu em julho. De imediato buscamos a parceria do Grupo Folha do Mate, de Venâncio Aires, e da Fundação Univates por entender que era um momento importante de visibilidade para as regiões.

Após acertos iniciais e a forma de como seria o encontro, começaram os contatos com as assessorias dos candidatos. Roberto Argenta foi o primeiro a confirmar. Na sequência, Ricardo Jobim e Vieira da Cunha. No PSB, as conversas iniciais com Beto Albuquerque, até então candidato, tiveram que migrar para os assessores de Vicente Bogo.

A turma de Edegar Pretto queria mais prazo, pois aguardava pela agenda de Lula. Caso o presidenciável viesse ao estado neste período, Pretto não poderia vir ao debate. Só conseguimos ter a presença garantida do petista em meados de agosto.

O candidato Luis Carlos Heinze foi o primeiro a dizer que não viria, pois tinha agenda no mesmo dia. Depois foi a vez da assessoria de Eduardo Leite, justificando que o candidato não viria à região duas vezes em menos de uma semana (Leite estará na reunião-almoço da ACIL na próxima terça-feira). E com Onyx Lorenzoni, a alegação de conflito de agenda. Foram duas semanas tensas. O debate seria realizado com cinco candidatos?

A coordenação decidiu manter a data e continuar insistindo com os demais. Na sexta passada, uma nova negativa de Leite. Mais alguns contatos e a confirmação de sua presença na segunda à tarde. E na terça, foi a vez de Heinze voltar atrás e confirmar participação. O único que de fato não foi possível reverter foi Onyx. Para que tudo isto acontecesse, foram inúmeras ligações e trocas de mensagens pelo WhatsApp e e-mails.

Em paralelo a isto, um trabalho intenso das equipes de produção e técnica. Foram horas puxando fios, instalando câmeras e microfones, ajuste de luz e de cenário, reforço de segurança, convite às autoridades, escala de trabalho, faz notícia e tira notícia.

Algumas horas de sono perdidas e um cansaço emocional. Ufa. Mas um resultado que valeu a pena. Quando bateu 9 horas e o microfone do Teatro foi ligado, a tensão das duas horas de debate nem foi sentida. Era só alegria.

Caco Marin

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