Jovem é indiciado por tentativa de latrocínio ao pároco de Encantado 

POLÍCIA

Jovem é indiciado por tentativa de latrocínio ao pároco de Encantado 

Crime ocorreu no dia 7 de agosto em Cruzeiro do Sul, na beira do Rio Taquari

Jovem é indiciado por tentativa de latrocínio ao pároco de Encantado 
Foto: Polícia Civil
Cruzeiro do Sul

Foi enviado nesta segunda-feira, 29, ao Poder Judiciário o inquérito que apura o crime de tentativa de latrocínio ao pároco da Igreja Matriz de Encantado, Mauro Organista. O crime ocorreu no dia 7 de agosto em Cruzeiro do Sul, na beira do Rio Taquari, defronte à Rua Emilio Treter Sobrinho. Segundo o delegado Dinarte Marshall Júnior, titular da Polícia Civil de Arroio do Meio, responsável pela investigação, o acusado também foi indiciado pelo crime de corrupção de menores. O indivíduo levou à cena do crime um primo de 13 anos.

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Conforme a Polícia Civil, na data dos fatos, o padre teria ido de Encantado a Lajeado com o veículo GM Cobalt, pertencente a Mitra Diocesana. Segundo a vítima, tinha o costume de ir ao município entregar sacolas com gêneros alimentícios a famílias menos assistidas, que já conhecia. À noite, no Centro de Lajeado, encontrou-se com o autor do crime, um homem de 18 anos, sem antecedentes criminais – o qual era conhecido da vítima por receber as cestas em oportunidades anteriores –, e então percorreram algumas ruas da cidade. Em seguida, tomaram rumo para Cruzeiro do Sul, na companhia de um adolescente de 13 anos, primo do autor do crime.

Local onde o crime foi executado (Foto: Polícia Civil)

De acordo com a vítima, o autor teria efetuado contato telefônico anterior com o religioso, e solicitou que o mesmo viesse com o veículo GM Cobalt, modelo mais moderno da igreja. Quando o trio chegou em Cruzeiro do Sul, adentraram na via não pavimentada que dá acesso à beira do Rio Taquari, localidade conhecida popularmente como “prainha”. Neste local, o adolescente permaneceu no interior do veículo; padre e autor do crime se afastaram em direção a beira do rio.

 

Segundo o adolescente, o autor do fato, seu primo, já portava a arma do crime em sua mochila – tratava-se de uma faca de cerca de 30 cm de lâmina. Conforme a vítima, enquanto conversavam, e em um momento de distração, quando estava de costas para o criminoso, foi golpeado no pescoço com a faca. Neste momento, entraram em luta corporal, e conseguiu jogar a faca no rio, mas mesmo assim, o autor passou a lançar pedras na vítima caída ao solo, com a intenção de tirar a sua vida. Após, o religioso saiu ferido em busca de ajuda e foi socorrido por uma família em residência próxima.

Foram subtraídos a mochila com a carteira, dinheiro, pertences pessoais e aparelho celular do religioso. O veículo não foi levado, pois os autores estavam sem a chave. O autor do fato foi interrogado e alegou legítima defesa. Contudo, admitiu que não costumava portar nenhuma arma branca e não soube explicar a razão de levar a faca consigo naquela ocasião. Conforme a Polícia Civil, mentiu sobre o fato de não saber conduzir veículo, bem como que tivesse solicitado ao padre o passeio com o GM Cobalt. Sobre os pertences da vítima, admitiu a subtração, indicando que teria repassado o aparelho celular a uma terceira pessoa.

O crime de tentativa de latrocínio, que é o roubo seguido de morte na forma tentada, tem pena de 20 a 30 anos, antes da redução pela tentativa, e pelo crime de corrupção de menores, por ter cometido crime em companhia de um adolescente, cuja pena é de um até quatro anos de prisão. Segundo a polícia, o adolescente nada sabia das intenções do autor do crime. Portanto, foi enquadrado no procedimento policial apenas como testemunha dos fatos.

Imagens mostram autor e adolescente saindo de mato

 

Padre sai de matagal

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