Oito jovens e a chance de brilhar na Europa

Intercâmbio Brasil-Portugal

Oito jovens e a chance de brilhar na Europa

Em parceria com o empresário Carlos Alberto Daneluz, Associação Lajeado de Esportes leva atletas para atuar em Portugal

Oito jovens e a chance de brilhar na Europa
Atacante Luan Farias está no Estrela Amadora, da segunda divisão portuguesa. Crédito: Divulgação
Vale do Taquari

O sonho de despontar para o futebol na Europa passa a ser realidade para uma série de atletas do Vale do Taquari. Em parceria da Associação Lajeado de Esportes – ALE, com o empresário Carlos Alberto Daneluz, oito jovens farão o intercâmbio para atuar em clubes de Portugal.

A iniciativa é tratada como pioneira na região. Diferente do habitual, quando jovens atletas são intermediados

Atacante Kevin esteve no elenco do Lajeadense na Divisão de Acesso, agora irá para o Portosantense. Crédito: Caco Marin

por empresários para fazer testes na Europa, os meninos da ALE chegarão a Portugal com clubes de destino e a certeza de contrato pelo menos até o final do ano.

Para o presidente da ALE, Airton Paulo Bernhard, este é o grande diferencial do projeto. “Vemos muitos meninos pagando empresários, em falsas propostas, para fazer testes. Nós estamos levando para equipes, alguns times de divisão nacional, com estrutura, alojamento e alimentação. São meninos de 18 anos que precisam ser acompanhados e estão tendo a chance de uma vida”, destaca.

O presidente salienta que o projeto, singular na história da ALE, pode representar uma vitrine para o futebol regional. “A ida destes meninos para a Europa faz com que outros queiram vir para a nossa equipe. Aqui um menino pode iniciar no Sub-11, depois se destacar no Sub-15 ou Sub-17, no Gauchão de base, e ir para a Europa”, diz.

A seleção dos atletas foi feita pela própria equipe de coordenação da ALE. Dois meninos já estão em Portugal: o zagueiro Gabriel Fell, no Vitória de Setúbal, da terceira divisão, e o ponta Luan Farias, no Estrela Amadora, da segunda divisão.

Lateral João Paulo é outro atleta que irá para Portugal. Crédito: Caco Marin

Outros seis ainda irão para o país para atuar ou no Vitória de Setúbal, ou no Portosantense, que disputa o Campeonato Distrital da Ilha da Madeira. São eles o zagueiro Ricardo Zelichmann, o lateral João Paulo Bernhard, os meias Wesley da Silva e Luiz Henrique Stefanelo, e os atacantes Marcos Vinícius e Kevin Pereira. Eles devem embarcar para Portugal no início de setembro.

Experiência em Portugal

O responsável por intermediar a ida dos atletas é Carlos Alberto Daneluz, especialista neste tipo de transação e que tem entre os jogadores agenciados, o meia Otávio.

Ex-Internacional, está no Porto desde 2014 e, naturalizado, defende a Seleção de Portugal, país que deve representar na Copa do Mundo de 2022.

Daneluz acredita que os jovens possam ter sucesso no novo país. “Além do idioma, Portugal tem cultura e estilo de vida parecidos com o brasileiro. Até o estilo de futebol jogado é similar.

Ao mesmo tempo, reconhecemos que em função do dinheiro a liga portuguesa está abaixo das principais ligas da Europa. Isso facilita a chance do atleta por lá”, diz.

O empresário é um dos responsáveis pelo Portosantense, clube de destino de alguns dos jovens da região. “Com o tempo e a experiência, percebemos que levar atletas para realizar teste normalmente não dava certo. Então tivemos a ideia de comprar um clube, pequeno, de divisões iniciais, e geri-lo.

Desta forma levamos jogadores para lá, onde mesmo que estejam abaixo dos demais, terão a certeza de que jogarão com frequência”, salienta.

Gol logo na chegada

Ex-Lajeadense, equipe que defendeu na Divisão de Acesso, Luan Farias chegou e logo de cara atuou pelo Estrela Amadora. Inclusive marcou o gol da vitória do clube contra o Sporting B, em jogo válido pelo Torneio de Abertura Liga Revelação Sub-23.

O atacante é o exemplo perfeito de como funciona o processo de chegada e rápida adaptação ao país. “O objetivo principal é oportunizar chance aos meninos. Por isso temos clubes de destino confirmados e a certeza de que serão pelo menos 4 a 5 meses de trabalho”, conclui Daneluz.

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