Leite volta a custar menos de R$ 5. Preço ao produtor também muda

Opinião

Felipe Neitzke

Felipe Neitzke

Coluna aborda os destaques relacionados ao agronegócio

Leite volta a custar menos de R$ 5. Preço ao produtor também muda

Aumento da produtividade, recuo no consumo e queda na cotação internacional. Esses fatores refletem na redução de preço do leite UHT nos supermercados, após disparada entre junho e julho. Durante o período chegou a custar mais de R$ 8.

Com esse cenário, se tornou o segundo produto em queda de vendas, conforme pesquisa da NielsenIQ. O percentual chega a -13,7% e também foi um dos itens mais abandonados na hora de pagar as compras. A combinação de cenários reflete nos preços e hoje é possível encontrar o litro de leite por R$ 4,79 em estabelecimentos da região.

Nesse meio tempo, os produtores conseguiram melhor remuneração para compensar a alta dos custos. Na apuração mensal da Emater/RS-Ascar, o valor máximo pago chegou a R$ 3,75. A preocupação agora é com o impacto da redução no preço ao consumidor. O mesmo não se percebe na despesa com a nutrição animal.

Outro fato é que a partir de setembro começa a aumentar a produção no Sudeste do país. E para fechar o “pacote”, a cotação internacional do leite está em queda o que deve tornar mais “atrativo” a importação do produto. Com toda essa conjuntura, a tendência é que volte a ficar bom para o consumidor, mas desafiador para quem produz.

 


Depois da geada, vêm chuva e calor

A meteorologia indica a sequência de dias com formação de geada na microrregião alta do Vale. Isso representa risco às culturas como o milho e o tabaco que tiveram o plantio antecipado por conta do temor de estiagem a partir de outubro.

Essa condição de frio mais intenso vai até domingo e depois pode ter alguma chuva entre terça e quarta-feira da próxima semana. Já ouvia na infância, que em até três dias depois da geada tem chuva. Passada a instabilidade, a tendência é de maior aquecimento até o fim do mês.

Para setembro, a previsão, no momento, é de chuva acima da média para o Vale do Taquari. Seria bom se as estruturas para armazenar água, tão faladas durante a seca na safra 2021/22, estivessem prontas.


Expointer abre espaço à inovação

As expectativas para a Expointer são as melhores possíveis. Os organizadores estimam retomar patamares pré-pandemia e com recordes de público e negociações.

Aliás, o Vale do Taquari também participa com mais de 30 agroindústrias, além de empresas que colocam suas soluções na vitrine de uma das maiores feiras do agronegócio da América Latina. Por falar em destaques, este ano será destinado um espaço à inovação.

A iniciativa, que funcionará de 27 de agosto a 4 de setembro, durante toda a feira, consiste em um hub para compartilhar, debater e divulgar soluções tecnológicas e de inovação no setor do agronegócio.


Piscicultores em alerta

A regional de Lajeado da Emater-RS/Ascar identificou baixa concentração de oxigênio na água em açudes do Vale. Entre os motivos, as baixas temperaturas e pouca insolação. Esses fatores causam estresse e mortalidade. A condição do tempo também diminui a presença de alimentos naturais nos reservatórios.


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