Uma amazona no Vale

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Uma amazona no Vale

Geórgia Paula Leite, 24, disputa provas de hipismo por todo o Brasil e destaca os aprendizados e desafios do esporte

Uma amazona no Vale
Natural de Anta Gorda, Géorgia Paula Leite, 24, reside hoje em Passo Fundo onde treina no Centro Hípico Dellagerisi - Foto: Arquivo Pessoal
Anta Gorda

Natural de Anta Gorda, Géorgia Paula Leite, 24, reside hoje em Passo Fundo onde treina no Centro Hípico Dellagerisi e participa de provas por todo Brasil. Recentemente, foi medalhista de ouro e bronze em um evento em Curitiba, no Paraná.

O amor por cavalos sempre esteve presente na vida de Geórgia. “Era só ouvir os cascos batendo no chão que eu já me balançava toda no colo da mãe”, lembra.

Antes de conhecer o hipismo, o único esporte que a acompanhava era o tiro de laço nos rodeios enquanto participava das apresentações do CTG. Quando tinha 14 anos, os pais da atleta a apresentaram o hipismo. “Foi amor à primeira vista”, diz.

Em 2017, aos 19 anos, foi morar em Passo Fundo. Não demorou muito para que o sonho de praticar o esporte e competir fosse realizado. A trajetória iniciou com uma aula experimental. Depois de pouco tempo, já treinava e dava os primeiros passos no esporte.

Cita que o Centro Hipico Dellagerisi fornece tudo o que precisa para os treinos, como materiais de montaria e cavalos.

Como trabalha de segunda a sexta-feira, os horários para treinos são bem apertados, e a atleta treina apenas uma vez na semana. Segundo ela, os treinadores Cristóvão e Gabriel são bastante exigentes em relação às performances.

Sobre as competições, a atleta destaca que conforme vão aparecendo, senta com os treinadores e estuda as possibilidades de participar. A partir disso, são intensificados os treinos, principalmente na parte dos exercícios variados de salto, equilíbrio e percurso.

Títulos

Foto: Arquivo Pessoal

No esporte participou de seis campeonatos, sendo dois em Passo Fundo, dois em Porto Alegre, um em Caxias do Sul e o último em Curitiba, no Paraná, além de algumas provas internas da hípica que foram feitas como estímulo às próximas competições. “Em todos eles obtive ótimos resultados, se comparado ao pouco tempo que monto. Todos eles incríveis, com uma carga enorme de aprendizado”, destaca.

Nnos próximos meses participará de competições fora do estado, como em Chapecó, Santa Catarina.

Cita que o campeonato inesquecível foi o primeiro, em setembro de 2021, em Passo Fundo. “Lembro da sensação, do frio na barriga, da gratidão, da ficha não ter caído por poder estar participando de algo que sempre sonhei.”

Naquele fim de semana foi campeã no primeiro dia e 10ª colocada no segundo, o que deu o título de campeã geral dos dois dias de prova, na categoria 0,60m. “Algo que nunca imaginei tão cedo e principalmente por ser a minha primeira prova ainda sem experiência alguma.”

Além dos troféus e medalhas, considera que os principais títulos que conquistou foram os aprendizados e experiências, que para ela, são fundamentais para que o sonho se tornasse realidade.

Relação com a égua

Desde que iniciou as aulas, monta na égua denominada de Linda, de propriedade do Centro Hípico Dellagerisi. “Ela sempre me ensina alguma coisinha em todo treino que fizemos”, considera.

Como a égua é de propriedade do Centro Hípico, Geórgia tem como sonho adquirir seu próprio animal.

Foto: Arquivo Pessoal

A atleta cita que com Linda forma um conjunto, onde competem na categoria Escola 0,60m. “Nas competições sempre somos nós duas, temos confiança uma na outra”, enfatiza.

Em outras oportunidades treinou em outros cavalos da hípica e inclusive iniciou alguns treinos para subir de categoria, o que resulta na altura do obstáculo a ser saltado.

Ela acredita que todos que têm cavalos ou convivem com eles sabem da boa relação com os animais. “São sensitivos. Se eu estou bem ou não, eles vão sentir. É como se um completasse o outro, na busca da sintonia perfeita.”

Considera Linda uma égua incrível, pois foi ela quem a ensinou e ensina tudo o que sabe. “Serei sempre grata. Tenho a certeza que ela sente todo esse amor que dou a ela.”

Sonhos

Técnica em Prótese Dentária, tem o esporte como hobby, porém tem algumas metas para alcançar, como subir de categoria, saltando mais de 1m de altura, participar do campeonato Gaúcho de Amazonas e acompanhar os grandes prêmios no exterior. “Quando falamos sobre sonhar e conseguir conquistar, para mim nada é impossível”, diz.

Indagada se tem como meta disputar os Jogos Pan-Americanos e Olímpicos, Geórgia destaca que não descarta tentar uma vaga, pois diferente de outros esportes, o hipismo não impõe um limite de idade para a prática. “Quando sonhamos com o coração nada é impossível.”

O esporte

Geórgia cita que o hipismo em si é um esporte que poucas pessoas acompanham ou entendem sobre. Acredita que para o esporte ser mais conhecido é preciso muito trabalho, pois são poucas pessoas que praticam.

Para iniciar no esporte é necessário procurar as hípicas. “É um esporte lindo e glamouroso. Ele ajuda no nosso ser como pessoa e é algo terapêutico. Só digo para ir a frente e não desistir. Ter paciência, pois é aos pouquinhos que se chega lá. Quando falamos em animais cuja energia nos conecta, a sensação é indescritível.”


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Natural de Anta Gorda, Géorgia Paula Leite, 24, reside hoje em Passo Fundo onde treina no Centro Hípico Dellagerisi - Foto: Arquivo Pessoal

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