Existe hoje um movimento muito forte, sobretudo na internet, que busca desromantizar a maternidade e debater sobre a realidade dessas vivências, longe das idealizações. E a verdade é que nem todas as mães amam ser mães. Isso não quer dizer que elas não amam seus filhos. Afinal, ser mãe (e pai também, é claro) implica em demandas que vão muito além de dar carinho ao filhote.
Passar horas em claro, perder a privacidade e, muitas vezes, o corpo que se tinha antes da gravidez, não é algo que se encare com entusiasmo por todas as mulheres, mesmo que o amor pelo filho seja enorme. Sem contar os momentos que nem sempre ocorrem como nos sonhos. E a amamentação é um dos principais alvos.
Existem mulheres que não conseguem amamentar seus filhos e sofrem por isso. Elas não são menos mães ou mães ruins. Mas, quando crescemos com todos os filmes, propagandas, novelas e afins nos dizendo que esse é o suprassumo da maternidade, fica difícil acreditar no contrário.
Por outro lado, quando uma mulher amamenta em público, ainda é comum ouvir críticas a ela, como se fosse necessário se esconder para alimentar a criança. Fora a enorme carga de críticas e “pitacos” sobre como se deve ou não viver esse momento. Ou seja, ser mãe é pelo menos muito cansativo e na maioria das vezes nem é a criança a culpada.
Estamos no Agosto Dourado, mês de incentivo ao aleitamento materno, e nossa matéria principal fala sobre os benefícios da amamentação para as crianças. Existem pesquisas que comprovam isso e campanhas organizadas pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde. É sobre saúde.
Para que as crianças se desenvolvam saudáveis e com segurança, é preciso criar ambientes acolhedores para as mães também. É preciso entender que cada maternidade é única e não falar sobre a maternidade real não contribui em nada para o debate. Fico feliz em contar que a reportagem de hoje traz uma história real.
Boa leitura!