De volta ao Teatro

Opinião

Gabriela Munhoz

Gabriela Munhoz

Colunista do Caderno Você

De volta ao Teatro

Nas últimas semanas assisti a três espetáculos presenciais que, dentre vários temas, me colaram no peito uma ensagem: estamos vivíssimos e, o teatro, ao contrário do que tememos, não evaporou. Avivou-se!

Há registros variados sobre o nascimento do teatro, na Grécia Antiga. Eu gosto da teoria que diz que ele nasceu junto ao início das contações de estórias, quando se compreendeu a possibilidade do humano em dar vazão às expressões e sentimentos. De lá pra cá, o teatro atravessou a história da humanidade e nem mesmo a peste negra ou a covid-19, esta maldição recente, conseguiu extingui-lo. Portanto, não nos sintamos amedrontados com qualquer um que suba ao palanque para desmoralizar nossos fazedores teatreiros.

A vida que a arte produz é invencível. Assim como nós, trabalhadores da arte e da cultura. Teremos dias (cada vez) melhores pela frente. Acredito. E mais do que isso: eu luto.”

Em tempo, os três espetáculos que me refiro no início deste texto: “O inverno do nosso descontentamento – Nosso Ricardo III”, com Marcelo Adams e Margarida Peixoto; “A mulher arrastada” com Celina Alcântara e Pedro Nambuco; e “Arena Selvagem” do Grupo Cerco. Essa não é uma agenda cultural, infelizmente eu nem sei dizer se ainda há possibilidade de assisti-los, mas acho que vale buscar nas redes. Importantíssimos trabalhos com artistas muito talentosos, aqui pertinho, na nossa capital.

O que ainda posso dizer, é que estive à frente do Instituto das Artes Cênicas do Estado durante a pandemia, lugar onde me encontro novamente e, tenho experienciado diversos momentos de emoção ao ver que a vida artística e cultural está se espalhando novamente, ganhando espaços, preenchendo vidas, propondo dúvidas. Afinal, é esse o seu lugar de fato, não?

Iniciei esse texto falando do teatro, mas me engano: o que não morreu foi a vida que a arte produz. E o teatro só é um dos córregos dela. A vida que a arte produz é invencível. Assim como nós, trabalhadores da arte e da cultura.

Teremos dias (cada vez) melhores pela frente. Acredito. E mais do que isso: eu luto.


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