A bobagem das urnas eletrônicas

Opinião

Adair Weiss

Adair Weiss

Diretor Executivo do Grupo A Hora

Coluna com visão empreendedora, de posicionamento e questionadora sobre as esferas públicas e privadas.

A bobagem das urnas eletrônicas

A apuração das eleições por meio de cédulas em papel tinha muito mais graça para a imprensa, ainda mais para o meio rádio.

A cada urna que chegava dos diferentes redutos eleitorais crescia a expectativa no resultado, sequencialmente debulhado, voto por voto, muitas vezes, durante dias. Era uma “festa” para as emissoras de rádio, transmitindo em tempo real, os resultados parciais.

Afora a emoção da contagem, o processo era primário. Pessoalmente, testemunhei inúmeras sacanagens e violações flagrantes por parte de atores da contagem.

Aliás, no debate de terça-feira, na Rádio A Hora, o promotor Sérgio Diefenbach me fez lembrar das trapaças e tensões recorrentes durante a contagem das eleições outrora. Era uma roubalheira, fora de controle.

Outros tempos, ainda bem. Hoje vivemos a era do voto eletrônico. As urnas se provaram eficientes mais de uma vez. Não fosse isso uma verdade a ser encarada, talvez os eleitos na última eleição não seriam os mesmos.

Inclusive, serve para todos. Se a urna fosse passível de manipulação, talvez tivesse sido manipulada nas últimas eleições. Logo, os atuais mandatários poderiam ter se aproveitado disso. Penso desnecessário desenhar para compreender esta narrativa.

Por estas visões sem sentido, nem serventia, considero ridículo questionar a urna eletrônica. É um debate que tira o foco daquilo que deveríamos discutir: os problemas e desafios do país, estados e municípios.

A guerra ideológica de esquerda e direita é tão burra, desqualificada e improdutiva no Brasil, ao ponto de temas vitais como economia, saúde e educação ficarem totalmente preteridos.

A crítica serve para a imprensa também, a qual dá mais destaque às firulas e bobagens dos candidatos do que aos assuntos que afligem os brasileiros.

Aqui cabe bem a seguinte analogia: discutimos e quase nos matamos pelo rabinho do porco, enquanto deixamos o porco fugir. Não à toa que metade dos brasileiros deixou de discutir política por causa dos extremismos insuportáveis.

Muitos se dando conta que não vale a pena perder tempo com o “rabinho”. Definitivamente, nos falta inteligência, sensatez e boa dose de educação. Somos imaturos.

Por isso, insisto: quem sabe, debatemos mais os problemas estruturantes e deixemos o “sexo dos anjos” para outro momento!

O exemplo pode começar na própria aldeia, como em casa.

Boa quinta-feira a todos!


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